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Dotar a indústria pesqueira de tecnologia avançada de registo, reporte e gestão de dados é o objetivo do projeto de investigação desenvolvido pela Universidade do Algarve e pelas empresas tecnológicas OLSPS International e a Imenco AS, cujos resultados foram apresentados esta quarta-feira, 12 de Outubro.

O projeto, intitulado The development of Electronic Monitoring and Reporting (EMR) technology for fisheries in Portugal (EMREP), foi financiado pelos EEA Grants, ao abrigo do programa Crescimento Azul, através dos programas Iceland, Liechtenstein, Norway Grants, sob a gestão da Direção-Geral da Política do Mar.

Além do desenvolvimento na área das pescarias inteligentes, o EMREP compreendeu a adaptação do software de registo de dados OLRAC (diários de bordo) da OLSPS International e a instalação de câmaras de vídeo em locais estratégicos nas embarcações de pesca e de investigação.

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Em simultâneo, para validação, os investigadores da Universidade do Algarve e do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) recolheram amostras de tubarões e raias capturados acessoriamente e analisaram a sua condição fisiológica, de forma a aferir o seu potencial de sobrevivência após a rejeição, que, com os atuais procedimentos de pesca, é de apenas 5% (em média).

O software desenvolvido pela OLSPS International permitiu que, ao longo do período de teste, os pescadores e cientistas registassem todos os dados associados aos esforços de pesca, tais como condições climatéricas, condições da água, posição de capturas, material utilizado, descrição de capturas, etc.

 

Sul Informação

 

Recolha de dados permitirá pescarias mais dirigidas e eficientes

Por um lado, a recolha destes dados permitirá que, no futuro, as pescarias sejam dirigidas e mais eficientes, com menos pesca acessória de espécies indesejadas e vulneráveis.

Por outro, possibilitará que os investigadores proponham condições para que algumas espécies de tubarões e raias não sejam capturas acessórias e que as que o forem, ocasionalmente, possam ser devolvidas ao meio natural ainda com potencial de sobrevivência.

Contribuindo para a Economia Azul nacional e, simultaneamente, para a preservação dos ecossistemas marinhos, esta parceria possibilitou ainda o estudo em particular de espécies do mar profundo, pouco acessíveis à investigação.

Nesta sessão, estiveram presentes o CEO da OLSPS International e investigador principal do projeto, Amos Barkai, a responsável pelo EMREP na UAlg, Alexandra Teodósio, e a coordenadora operacional, Sofia Aranha.

Participaram ainda representantes da entidade gestora, bem como o diretor regional da Agricultura e Pescas do Algarve, Pedro Valadas Monteiro, que integrou o painel de discussão final, onde se analisaram as condicionantes da aplicação e aceitação da tecnologia pelo setor das pescas.

 

 

 



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