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O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) confirma que os tratamentos de radiocirurgia, «que implicam uma única deslocação do doente», estão a ser feitos em Sevilha, cumprindo as condições acordadas num concurso ganho por uma unidade espanhola e garantindo «condições de excelência aos pacientes». 

As declarações são de Horário Guerreiro, diretor clínico do CHUA, ao Sul Informação, respondendo às acusações do PSD Algarve sobre o envio de doentes da região para Espanha.

O diretor clínico do CHUA esclareceu que radioterapia e rediocirurgia são tratamentos «muito diferentes», começando pelo facto de a radiocirurgia implicar «uma deslocação única do doente».

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“Houve um concurso, Espanha ganhou, de forma legal, e nós temos de cumprir as condições desse concurso. Do ponto de vista médico, tenho a plena noção de que é uma entidade de excelência e de que estamos a oferecer aos nossos doentes o melhor tratamento possível. A deslocação é sempre incómoda, mas o doente vai acompanhado para fazer um tratamento único com muita qualidade», afirma o médico.

Em nota, o PSD Algarve afirma estar «surpreendido com a notícia de que os doentes oncológicos do Algarve estão a ser enviados para Sevilha para tratamentos de radiocirurgia, o que já mereceu o repúdio da Associação Oncológica do Algarve».

Os social-democratas algarvios recordam que «há cerca de seis meses, foi possível, pelo clamor gerado na região e muita pressão política, travar o procedimento concursal que levaria os tratamentos de radioterapia para Espanha».

O partido reforça ainda que este «é um retrocesso que nenhum de nós pode admitir e que não tem justificação à luz da tecnologia existente na região».

 

Sul Informação
Horácio Guerreiro – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação (arquivo)

 

«Estamos a falar de uma entidade idónea, com condições excelentes e, por isso, achamos que o doente ir a Sevilha é dar-lhe o melhor tratamento possível que podemos dar. O doente vai numa ambulância paga e faz o seu tratamento num hospital moderno com todas as condições. Isso não quer dizer que, em Portugal, não haja essas condições, mas foi Espanha que ganhou o concurso e nós temos de respeitar isso», esclarece o diretor clínico do CHUA.

Em relação à radioterapia, o diretor garante que não há doentes a ir para Espanha e explica que «devido à situação de estarmos dependentes de terceiros» para alguns tratamentos e exames na especialidade de oncologia, o CHUA já propôs ter a sua própria unidade de centro oncológico.

«Pelo que eu sei, há fundos comunitários para isso. Nós queremos que o CHUA cumpra a missão que caberá ao Hospital Central do Algarve ainda antes de este estar pronto», rematou aquele responsável.

 

Sul Informação



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