Bowing regressa a Odemira para mostrar que este Alentejo é feito de muito idiomas

Esta é a segunda edição de um projeto que celebra a interculturalidade de Odemira

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação (Arquivo)

Odemira volta a celebrar a sua interculturalidade através das artes e a mostrar que este é um concelho com muitos idiomas nativos, no espetáculo de dança, música e palavra “Bowing Back”, de Madalena Victorino. Desta feita, a festa acontece no Jardim Ribeirinho do Mira, na sede de concelho, a partir das 19h00 dos dias 10, 12 e 13 de Junho.

A iniciativa, que é realizada no âmbito do Plano Municipal de Integração de Migrantes – Odemira Integra, já teve um primeiro momento em 2021.

Na altura, o Sul Informação conversou com alguns dos participantes no projeto, de crianças a adultos, migrantes e portugueses, que explicaram o que é o Bowing.

Nesta segunda edição, «o grupo migra de São Teotónio para Odemira, chegando a outro lugar com um novo espetáculo em que as línguas se condensam numa grande tentativa de comunicação», segundo a Câmara de Odemira, que financia o projeto.

«Dezenas de migrantes da Índia, Punjab, Nepal, Bangladesh, China, aliam-se a artistas nas áreas do movimento, palavra e música para criar um objeto em conjunto que irá transformar Odemira durante três noites», acrescenta a autarquia.

No fundo, “Bowing”, que nasceu inserido na programação do Lavrar o Mira e a Lagoa, é «uma criação itinerante pela vila, onde as ruas se preenchem de vozes, danças, ritmos, palavras reinventadas e por inventar. É a língua portuguesa que se proclama nómada, acolhendo futuros povos e gerações, atravessada por geografias tão distantes quanto presentes».

 

 

Este projeto é ainda, ilustra a autarquia, «o direito ao sotaque, é o tempo de traduzir um grito para português, uma gargalhada para hindi, um gemido para bangla, um suspiro para punjabi: idiomas nativos deste novo Alentejo em que vivemos».

A direção artística é de Madalena Victorino, em co-criação e com a interpretação da equipa Nuclear Bowing e de população do concelho de Odemira. Conta com a participação dos artistas convidados Pedro Salvador (coordenação e criação musical), Margarida Mestre (criação coral e voz), Chão Maior (criação musical), Yaw Tembe, Norberto Lobo, Leonor Arnaut, João Almeida e Ricardo Martins. O desenho de luz e direcção técnica são de Joaquim Madaíl, sendo a produção executiva é de Carolina.

Este espetáculo é financiado pelo Município de Odemira, no âmbito do Plano Municipal de Integração de Migrantes – Odemira Integra 3G 2020-2022, Junta de Freguesia de São Teotónio, programas Alentejo 2020 e Compete 2020, Direção Geral das Artes, FAMI – Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração e ACM – Alto Comissariado para as Migrações, entre outras entidades.

 

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação (Arquivo)

 

 



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