Mértola: Estação Biológica pode tornar-se «o motor para o desenvolvimento» da região

Obra foram lançadas na sexta-feira

As obras da Estação Biológica de Mértola – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia (EBM), um projeto que pode tornar-se «o motor para o desenvolvimento» da região, foi lançado na passada sexta-feira, no Salão Nobre da Câmara de Mértola.

Esta será, segundo a Câmara de Mértola, uma «unidade de valorização e de transferência tecnológica focada nas áreas da biologia ambiental e da biodiversidade, da agroecologia, da gestão de recursos silvestres e da cinegética».

O principal objetivo da futura infraestrutura, que resultará da recuperação dos antigos silos e armazéns da EPAC, é «apoiar e promover a investigação científica e a transferência de tecnologia de suporte a estratégias de transição (agro)ecológica, com enfoque na regeneração dos ecossistemas, particularmente, os situados em contextos de baixa densidade, de clima semiárido e árido mediterrânico, vulneráveis aos fenómenos da desertificação e das alterações climáticas».

Para a comissária europeia Elisa Ferreira, que esteve em Mértola para participar no lançamento da Estação Biológica, este é «um projeto simbólico e exemplar», que pode «estimular e ser o motor para o desenvolvimento» de uma região com potencialidade, mas que «não tem conseguido gerar suficientes oportunidades de emprego e trabalho aos jovens».

É também «um projeto visionário, um grande exemplo de estratégia inteligente de coesão territorial, aliando atração de investidores, transmissão de conhecimentos, investimento, criação de emprego, preservação do património e envolvimento de todos e da sociedade em geral».

Igualmente presente na cerimónia esteve Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que considerou que «este projeto mostra como estamos a investir bem os fundos de coesão» e espera «que seja inspiração para outros territórios».

 

 

«É necessário multiplicar exemplos como a EBM em Portugal, assim como não desistir e acreditar sempre que não há territórios condenados», acrescentou a ministra.

«Este é um projeto que irá ultrapassar fronteiras, não só as locais, mas as regionais e internacionais», acredita Mário Tomé, presidente da Câmara de Mértola, que não tem «dúvidas que este será um projeto de referência».

O projeto da Estação Biológica resulta de uma parceria entre o Município de Mértola e o CIBIO InBio – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e está integrado numa candidatura ao Portugal 2020 que prevê o apoio à reabilitação do edifício dos antigos Silos da EPAC em Mértola, «edifícios que acolherão os laboratórios, áreas de co-working e as áreas sociais da Estação Biológica de Mértola».

«Numa estratégia de lançamento e organização de toda a atividade da EBM, foi criada em Abril de 2022 a Associação sem fins lucrativos “Estação Biológica de Mértola”, que integra além do Município de Mértola e do CIBIO, a Universidade do Porto e a EDIA S.A».

A EBM que já se encontra, de resto, a funcionar em instalações provisórias cedidas pelo Município de Mértola e tem desenvolvido «um conjunto de projetos e colaborações com várias entidades do setor académico e empresarial», concluiu a autarquia.

 

 

 

 



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