A Associação de Defesa do Património de Mértola (APDM) lançou esta semana um manifesto em defesa da pecuária extensiva, produzido e assinado por 10 projetos LIFE europeus ligados à adaptação às alterações climáticas e à proteção da biodiversidade.
Inserida no âmbito do “Programa LIFE” da União Europeia, esta iniciativa pretende promover a pecuária extensiva no continente europeu e «desenvolve as 5 principais razões para promover a pecuária extensiva na Europa», propondo «10 medidas de apoio a este sistema de produção, para que continue a proporcionar benefícios à biodiversidade, à resiliência dos territórios e às comunidades locais que dele dependem».
A ADPM explica que «a prevenção de incêndios, o combate às alterações climáticas, o reforço da soberania alimentar, a preservação da biodiversidade e a sustentação da população nas zonas rurais são algumas das contribuições essenciais» da pecuária extensiva.
Segundo o Manifesto, «o abandono da pecuária tradicional e a sua industrialização progressiva, combinados com os efeitos adversos das alterações climáticas, tornam urgente a implementação de um Plano de Ação Estratégico para a Adaptação da Pecuária Extensiva às Alterações Climáticas, que nos permita manter
ecossistemas funcionais, biodiversos e resilientes, bem como um mundo rural vivo».
O Maifesto acrescenta que «o pastoreio bem gerido melhora a fertilidade do solo, previne a erosão e é compatível com a regeneração das árvores. Por outro lado, a presença de animais ajuda à dispersão de sementes, promove o ciclo de nutrientes à escala de paisagem e reduz a acumulação de biomassa vegetal, minimizando assim o impacto dos incêndios rurais».
Esta iniciativa foi promovida pela Associação de Defesa do Património de Mértola e por or 10 projetos LIFE europeus de Portugal, Espanha, Grécia, França e Itália, no âmbito do projeto “LIFE LiveAdapt”, na comemoração do 30º aniversário do Programa LIFE.
Clique aqui para ler o Manifesto na íntegra (PDF).
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