O sucesso foi tão grande na primeira edição que a comunidade internacional Tamera, sedeada em Relíquias (Odemira), vai promover mais um curso sobre Paisagens de Retenção de Água, a ter lugar de 16 a 19 de Setembro.
Segudno a Tamera, trata-se de «uma versão introdutória do curso, fechando assim o ciclo de ofertas sobre gestão sustentável de água deste ano».
«O conhecimento e experiência que Tamera desenvolveu na gestão dos recursos hídricos constitui um novo paradigma, que visa ser uma das soluções chave para os problemas da seca, das cheias, dos incêndios e da desertificação provocada pelas más práticas agrícolas e florestais, culminando com um agravar das alterações climáticas, cada vez mais visíveis no sul de Portugal», explica ainda a Tamera.
No curso de Julho, estiveram presentes 23 participantes provenientes de nove países, tendo Portugal sido o país com maior representação.
Os participantes aprenderam diversas técnicas e princípios para o desenvolvimento de sistemas descentralizados de gestão regenerativa da água, ao mesmo tempo que descobriram a insustentável situação hídrica à escala regional, desde o Alqueva até ao Mira.
Para tal, contou com o contributos de especialistas convidados: Fátima Teixeira, do Juntos Pelo Sudoeste – Movimento de Cidadãos de Odemira e Aljezur em Defesa do Sudoeste, Pedro Horta, da Associação ZERO, Sérgio Maraschin, do Movimento Transição São Luís, Jannis, da Eco-Interventions, e Thomas Ludert, da AguaLands, estes dois últimos em representação de empresas que se dedicam às questões da reflorestação e paisagem e à construção de bacias de retenção de águas pluviais, respetivamente.
Os participantes «terminaram a formação visivelmente inspirados pela experiência, ansiando pôr em prática os conhecimentos adquiridos. A partir de agora, contam também com uma maior rede de contactos com competência para os apoiar no desenvolvimento dos seus projetos coletivos e individuais», salienta a Tamera.
No curso previsto para Setembro, será abordada a mesma temática, ainda que a parte prática seja ligeiramente encurtada. Eis pois uma excelente oportunidade para desenvolvimento de uma rede e apoio regional que continuará a fazer parte da oferta.
«Mas, sobretudo, e dada a situação muito preocupante de seca que afeta já largas regiões, muito além fronteiras, poderão os participantes capacitar-se para fazer frente à crescente falta de água, com as ferramentas e técnicas aprendidas durante o curso», sublinha a Tamera.
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