Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

O projeto de decisão de fixação da zona especial de proteção (ZEP) da Igreja de São Francisco, em Pêra, classificada como Monumento de Interesse Público (MIP) em 2012, está em consulta pública até ao dia 29 de Agosto.

Os interessados em pronunciar-se e consultar todos os elementos relevantes do projeto de decisão pode fazê-lo nos sites do município de Silves, da DGPC e da Direção Regional de Cultura do Algarve.

 

Banner lateral albufeira

Sobre a Igreja de São Francisco

«Desconhece-se a data de construção, sendo que a mesma terá ocorrido na viragem do século XVII para o século XVIII. Totalmente destruída na sequência do sismo de 1755 a então ermida da Ordem Terceira de São Francisco seria reedificada nos anos imediatos, ou melhor, “restituída à sua antiga perfeição”, nas palavras do padre João Pereira de Lima. Ao templo esteve associado um hospício fundado depois de 1758 dado que não foi mencionado por aquele pároco nas “Memórias Paroquiais”.

Com a extinção das ordens religiosas ficou o hospício incluído na relação dos bens nacionais a arrematar sendo, em 1840, avaliado por 100$000 réis, valor, que viria a ser despendido por Gregório José de Mendonça, em 1842, que assim ficou na posse da “igreja, sacristia, duas casas altas de hospedaria e cozinha do extinto hospício de S. Francisco de Pêra”. Quanto aos objetos preciosos, cálice, coroa, patena e dois diademas foram avaliados em 32$237 réis e deram entrada na Casa da Moeda.

Por sua vez a administração dos foros das várias propriedades do antigo convento foram cedidos à Junta de Paróquia de Pêra.

A igreja seria posteriormente integrada na Fábrica da Igreja de Pêra, em data que desconhecemos e onde se mantém.

Apresenta fachada despojada de elementos arquitetónicos relevantes, exibindo portal de verga reta, sobreposto por janela retangular, coroada por frontão triangular. Na lateral direita, destaque para a torre sineira de planta quadrada, do século XVIII. Exibe corpo de nave única e capela-mor, ambas cobertas por abóbadas de canhão.

O retábulo, de talha dourada barroca, foi executado no segundo quartel do século XVIII, durante a denominada fase joanina. De planta em perspetiva côncava, compõe-se, segundo Francisco Lameira, de sotobanco, banco, corpo único, três tramos com quatro colunas salomónicas, ao centro incorporado no banco um sacrário abaulado de planta convexa, em cima uma grande tribuna com um baldaquino rococó, nos intercolúneos peanhas com imagens de vulto assentes em mísulas, o ático inscreve-se entre dois arcos plenos e apresenta segmentos de frontão curvo, figuras de anjos e uma cartela central.

Ainda na capela-mor, destacam-se quadros alusivos à vida de São Francisco, provavelmente provenientes de um retábulo antigo.

Em termos de imaginária relevo para, entre outros, um santo, do século XVII, bem como para São Francisco e Nossa Senhora do Amparo, ambos do século XVIII.

A igreja de São Francisco, alvo de uma intervenção em 2006, constitui um marco de afirmação de Pêra, na Idade Moderna».

 

 



festas da cidade de olhao
vilavita

Também poderá gostar

Sul Informação - Terras sem Sombra ruma a Mourão, entre música do Atlântico, património secular e touros de lide

Terras sem Sombra ruma a Mourão, entre música do Atlântico, património secular e touros de lide

Sul Informação - Dia da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas: mais de 400 bibliotecas ao seu dispor

A história social de Portugal no século XX é tema de curso em Silves

Sul Informação - Nova plataforma digital divulga espólio do Museu de Lagos

Nova plataforma digital divulga espólio do Museu de Lagos