A Câmara de Barrancos colocou a bandeira a meia-haste e decretou três dias de luto municipal pela morte, aos 89 anos, do seu antigo presidente Carlos Caçador Durão, que foi o primeiro edil desta autarquia eleito após o 25 de Abril.
Carlos Durão presidiu à Câmara de Barrancos durante dois mandatos (1977/1979 e 1980/1982), sempre eleito pela Aliança Povo Unido (APU, coligação que integrava o PCP).
No seu despacho, o atual presidente Leonel Caçador Rodrigues destaca, «com apreço e gratidão, a sua entrega ao nosso povo», sem esquecer «as importantes obras dos mandatos (dois) que marcaram a vida da nossa terra».
O corpo de Carlos Durão ficou em câmara ardente no Salão Nobre dos Paços do Município, de onde saiu esta manhã o funeral para o Cemitério Público de Barrancos.
A morte do antigo autarca tem suscitado manifestações de pesar, a começar pelo Presidente da República. Em nota oficial publicada no sítio oficial da Internet da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que «Carlos Caçador Durão exerceu dois mandatos como presidente da Câmara Municipal de Barrancos (entre 1977 e 1982), tendo sido também vereador, dedicando assim grande parte da sua vida à participação política».
«O Presidente da República lamenta a morte de Carlos Caçador Durão e envia à Família e ao Município de Barrancos as mais sentidas condolências»,acrescenta a nota.
Também Pedro Carmo, deputado do PS pelo círculo de Beja, emitiu uma nota de pesar, dizendo que «ficamos mais pobres, mais responsáveis pelo seu legado e inspiração» e anunciando que vai pedir «um voto de pesar na Assembleia da República».
O PS de Barrancos lamentou igualmente a morte de Carlos Durão, salientando que este autarca, que viria depois a tornar-se militante do Partido Socialista, «foi um exemplo de dinamismo, empreendedorismo, seriedade e honestidade».
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