O Monte Vale Doja, do produtor Joel Rosalino, foi o grande vencedor do primeiro concurso de medronho da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira.
O concurso decorreu este sábado, 23 de Julho, e serviu para mostrar como está a evoluir a produção de medronho na região. Segundo Francisco Guerreiro, membro da ARBUTUS (Associação para a Produção do Medronho do Sudoeste Alentejano), a iniciativa surge para «tentar fazer mais alguma coisa para juntar as pessoas e para as motivar a produzir e melhorar esta fileira do medronho».
Francisco Guerreiro mostra-se ainda feliz por ver como as gerações mais jovens se sentem motivadas para «produzir melhor».
Nesta que foi a primeira edição do concurso, o segundo prémio foi atribuído ao Monte da Quebradinha, do produtor António Piedade, e o terceiro à Aguardente Medronho Foz do Touril, de António Rodrigues Fernandes, e ao Medronho da Serra (tendo havido um empate).
Joel Rosalino, que já produz há 15 anos, sente-se muito feliz por ter ficado em primeiro lugar.
«Sei que há muito bom medronho além do meu. É claro que não fui eu um dos jurados, alguma coisa eles detetaram e eu estou muito contente. Acho que qualquer evento deste género é muito importante», disse o vencedor ao Sul Informação.
Do júri fez parte Ludovina Galego, professora da Universidade do Algarve, o presidente da Assembleia da ARBUTUS, o vereador Ricardo Cardoso, o representante da Junta de Freguesia de São Teotónio e o representante de uma produtora de medronho.
Aos jornalistas, Francisco Guerreiro realçou ainda as dificuldades de se produzir medronho devido às exigências.
«São processos burocráticos muito complicados. Há pessoas com uma certa idade que já não querem estar com esse trabalho e acabam por fazer apenas para consumo próprio. Mas há realmente gente nova que se está a interessar, que nem era da área agrícola e, por isso, achamos que isto tem caminho para andar», rematou.
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