Obras de remoção de amianto em escola de Beja comprometem segurança dos trabalhadores

Alerta é feito pelo Sindicato de Professores da Zona Sul

O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) denunciou esta sexta-feira que os “trabalhadores docentes e não docentes da Escola Básica Santiago Maior”, em Beja, “podem estar em situação de grande risco”, devido às obras de remoção da cobertura em fibrocimento/amianto que estão, atualmente, a decorrer.

A obra, da responsabilidade da Câmara Municipal de Beja, esteve, inicialmente, prevista para o ano passado, mas atrasos na entrega de materiais ao empreiteiro ditaram o adiamento da execução dos trabalhos para agora.

Com conclusãoprevista até ao início do próximo ano letivo, no total serão intervencionados 3.100 metros quadrados, 2.905 dos quais de remoção de cobertura de amianto e os restantes 195 de intervenções em claraboias e terraços.

Em comunicado, o SPZS e os sindicatos da FENPROF realçam que «vêm há vários anos alertando para a urgência da remoção do amianto das escolas de forma segura, respeitando as normas e os procedimentos que se encontram devidamente regulamentados (…) mas que algumas entidades teimam em não cumprir».

«Num momento em que ainda se encontram a trabalhar nas escolas professores e auxiliares de ação educativa (…) e que inúmeros pais e encarregados de educação aí se deslocam para entregarem computadores portáteis, manuais escolares, decidiu a Câmara Municipal de Beja avançar com as obras para remoção de amianto na Escola Básica Santiago Maior», lê-se no documento.

Nesse sentido, o SPZS e o STAL condenam, veementemente, o comportamento da autarquia e afirmam que «mais uma vez, desrespeitou os trabalhadores da educação e os expôs à perigosidade, por demais conhecida do amianto».

«No que concerne à informação específica destinada aos trabalhadores sobre a remoção do amianto em curso, várias irregularidades podem existir» e, por isso, os sindicatos anunciam que «já recorreram à ACT, no sentido de se averiguar se todos os procedimentos foram ou não estritamente cumpridos e se foram ou não adotadas todas as medidas de segurança como a lei prevê».

O custo desta empreitada ronda os 173 mil euros, tendo a Câmara de Beja conseguido um financiamento de cerca de 151 mil euros.

 

 

 



Comentários

pub