A Concentração Motard está «a correr bem, sem incidentes», mas, diz a organização, podia estar ainda melhor. O Motoclube decidiu não acatar todas as ordens do Governo e manter todas as áreas de campismo que sempre existiram. Desobedecer, justifica Zé Amaro, «às vezes serve as pessoas».
Muita tinta correu sobre esta 40ª edição da Concentração Motard que, quase em cima da hora, esteve perto de ser cancelada devido ao risco de incêndio – o recinto é no Vale das Almas, numa zona florestal.
Uma reunião, a dois dias do início do evento, em que estiveram presentes Câmara Municipal, Governo e Motoclube de Faro, decidiu que haveria mesmo Concentração, mas com um senão: o campismo iria ser mudado da área habitual para outra, adjacente, «mais urbana».
Quem visita o recinto, vê, de facto, milhares de motards acampados nessa outra área – perto do secretariado e também de moradias. Só que, no sítio habitual de campismo, também se vê muita gente.
Em declarações ao Sul Informação, Zé Amaro, presidente do Motoclube, criticou esta decisão do Governo e assumiu publicamente que as regras foram desobedecidas.
«O outro lado, apesar de ser zona urbana, tem mais densidade florestal. Para nós, ainda foi uma decisão pior, tomada por quem não conhece o terreno», considerou.
O responsável explicou que a decisão do Motoclube de deixar as pessoas na área de onde deveriam ter saído foi tomada em nome do «bem-estar».
«Pode acarretar consequências, como multas, mas cá estaremos para nos defendermos», garantiu.
Segundo Zé Amaro, apesar de a Concentração estar a «correr bem» e dentro da «normalidade», as dificuldades «criadas» prejudicam «as pessoas e a própria imagem da organização».
O evento termina já amanhã, domingo, dia 17, com o tradicional desfile pela cidade de Faro.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
