A 30.ª edição da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, que se realizou, este fim de semana, em São Teotónio, juntou mais de «30 mil visitantes», revelou Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal, fazendo um balanço «bastante positivo» daquele que foi o regresso do certame.
«Este é um ano especial porque é um retorno à atividade. É importante porque é também o ano em que nos voltámos a encontrar e voltámos a acreditar um pouco no futuro, seja do ponto de vista empresarial ou institucional», começou por referir o autarca durante o balanço da FACECO deste ano.
«O território conseguiu, mais uma vez, ter aqui a sua face e as caras de Odemira: a sua multiculturalidade, a capacidade de fazer coisas novas e de mostrar aquilo de que se é capaz. Isso enche-nos de orgulho na mesma medida que nos enche de orgulho as pessoas que contribuíram outra vez para que esta feira se realizasse», continuou.
Apesar de se ter sentido alguma retração por parte dos empresários, devido às dificuldades que passaram nos dois últimos anos, o presidente diz que se conseguiu motivar e cativá-los para que viessem à feira e para que sentissem que faz sentido apostar outra vez nestes certames.
Durante três dias, ouviu-se ainda o feedback por parte dos responsáveis pelos expositores para que, daqui para a frente, haja oportunidade de melhorar o que for necessário.
«Ao longo da feira fomos discutindo as coisas que correram bem e as que podem melhorar e isso também nos enche de orgulho porque as pessoas sentem a feira como delas», realçou Hélder Guerreiro.
O autarca de Odemira realçou ainda dois aspetos importantes da feira: a realização do Campeonato Ibérico da raça Limousine e a forte aposta na cultura, que, aliás, é um dos principais pontos do mandato.
«A cultura desde logo gera emprego, riqueza, inovação e capacidade de abertura. Quando nós estamos abertos ao outro e à inovação somos muito mais capazes de fazer outras coisas», disse, acrescentando que isto foi pensado a «olhar para uma oportunidade que tem por base a existência de ecossistemas de pessoas que escolheram vir para Odemira com a sua capacidade criativa».
«Nós não estamos a assentar esta proposta em algo que não existe, estes ecossistemas existem no território e têm um potencial incrível», rematou, frisando que é preciso criar condições também para os imigrantes que, segundo o autarca, não vêm para Odemira só para trabalhar na agricultura.
«Sem esquecer as tradições, é muito interessante hoje já olharmos para o pavilhão A1 e vermos israelitas a fazer cerâmica nossa, mas já com tecnologia japonesa», disse ainda.
Durante o balanço, Hélder Guerreiro falou também da construção em curso do Plano Municipal de Cultura para a próxima década, que estará assente na questão do património edificado, no saber fazer e no saber quais são as entidades e as possibilidades que existem aos nível das industrias criativas no território.
A 30.ª edição da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira começou na sexta-feira, 22 de Julho, e terminou este domingo, 24.
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