27 organizações acampam e protestam contra o «capitalismo fóssil» no Litoral Alentejano

Iniciativa já conta com mais de 120 participantes

27 organizações vão participar, entre 6 e 9 de Julho, em Melides, no Acampamento 1.5, uma ação de protesto contra o «capitalismo fóssil que se concentra no litoral alentejano». A iniciativa culmina, no dia 9, com ações e manifestações na refinaria da Galp e no porto de Sines.

Segundo explica a Climáximo, uma das organizações presentes, este é um acampamento que pretende protestar contra o «capitalismo fóssil», presente no litoral do Alentejo, «sob a forma da expansão massiva da agricultura hiperintensiva e da zona industrial de Sines».

O acampamento, que já conta com mais de 120 participantes, começa na quarta-feira, dia 6 de Junho, ao fim do dias, em Melides.

Os objetivos, adianta a Climáximo, «são formar participantes sobre a crise climática e o capitalismo, a desobediência civil e as ações diretas não violentas, a transição justa para uma sociedade e uma economia que trave o colapso climático».

Neste acampamento, «as realidades locais do litoral alentejano estarão particularmente presentes, com testemunhos e reflexões das comunidades locais sobre a situação atual: das monoculturas agrícolas hiperintensivas, da gestão da água e dos solos, do trabalho semi-escravo nas estufas, da falta de transportes públicos, do encerramento de infraestruturas sem planos de transição para quem trabalha e para as comunidades locais».

«Num momento em que governos por todo o mundo aceleram rumo ao colapso, e mesmo perante a crise do gás ligada com a guerra na Ucrânia, a aposta é mais gás e expandir este sistema e a importação por Sines, é preciso assinalar inequivocamente e agir contra esta pulsão suicida. O acampamento quer trazer a transição justa para estes locais, construindo movimento e comunidade», acrescenta a Climáximo.

O acampamento 1.5 é uma iniciativa conjunta de 27 organizações: ClimáximoAcademia CidadãAmbientalISTASPEA – Associação Portuguesa de Educação AmbientalCIDACCircular Economy PortugalA ColetivaDunas LivresFrente Ativa pela Libertação AnimalGAIA – AlentejoGAIA – LisboaGEOTAGreve Climática Estudantil LisboaHabitaHumans Before BordersJuntos Pelo SudoesteMarca – ADLNAPA – Núcleo Académico pela Proteção AmbientalNASP – Núcleo de Alunos de Sociologia do PortoPATAV – Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos, Associação de Combate à Precariedade – Precários InflexíveisProTEJOPT Revolution TVSOS RacismoSTCC – Sindicato de Trabalhadores de Call CenterTameraPlataforma TROCA.

Para estas organizações, «esperam-nos anos de profunda transformação na sociedade, na economia e no próprio planeta e o acampamento 1.5 promete trazer ferramentas, aprendizagens e ações para mobilizar essa mudança».

 



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