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Começou com a remodelação do Hotel Central, há cerca de três anos, e deu outro passo decisivo em Maio, com a inauguração do Pure, um novo boutique hotel. As Caldas de Monchique estão a renascer e há «vários milhões de euros» disponíveis para levar até ao fim a revolução em curso no complexo termal e nas unidades hoteleiras ele  associadas.

Quem o garantiu ao Sul Informação foi Miguel Velez, diretor executivo da Unlock Boutique Hotéis, a empresa responsável pela gestão da Villa Termal de Monchique, que foi adquirida em 2019 à Fundação Oriente por três sócios individuais, que juntos criaram a empresa Behindhorizon.

O negócio foi feito numa altura em que as Caldas e o próprio concelho de Monchique ainda se tentavam recompor do efeito devastador dos incêndios de 2018, o que levou a que o Verão de 2019 tenha sido complicado para os novos proprietários. Seguiram-se dois anos de pandemia, que teve um impacto negativo brutal na atividade turística.

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No entanto, os novos responsáveis pela Villa Termal nunca deixaram de investir.

«Começámos a remodelação das Caldas de Monchique há três anos. Inicialmente, remodelámos a receção, as áreas sociais, de pequeno-almoço, o restaurante, fizemos 10 novas suites e renovámos 25 quartos no Hotel Central», explicou Miguel Velez, à margem do lançamento oficial do Pure Monchique Hotel, que resultou da remodelação do antigo Hotel D. Carlos.

 

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Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

«Depois disso, no ano passado, renovámos a loja, o bar Alkaline e a sala de eventos. Este ano, remodelámos completamente o Pure Monchique, uma unidade com 22 quartos e suites, e estamos a renovar a zona da piscina. Ao mesmo tempo, estamos a fazer sete novos quartos, onde eram as antigas termas, e estamos a renovar mais duas casinhas ali na zona central», acrescentou.

O objetivo é que, «até ao final do Verão, fique tudo pronto. À partida, os sete novos quartos serão concluídos até Julho – podem atrasar mais um bocadinho, por causa dos materiais, do pessoal, por aí fora, pois vivemos tempos complicados».

Miguel Velez espera que, a partir de Novembro, possa avançar a remodelação do hotel termal, com o objetivo de «concluir as obras até ao Verão do próximo ano».

«E não dou o trabalho por concluído, porque este é um processo contínuo. Temos um espaço muito grande, temos 39 hectares de terreno e três hotéis, mais um alojamento local, dois bares, um restaurante, por aí fora. Nunca acaba. De qualquer forma, a maior parte pode estar concluída daqui a um ano», perspetivou.

 

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Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Para João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, a história recente das Caldas de Monchique, «é um exemplo por tudo».

«Temos de volta, em boa forma, a nossa pequena Sintra. Monchique e as Caldas, em concreto, têm uma diferenciação grande em relação ao resto do Algarve e são um sítio paradigmático para o turismo de natureza e para o turismo termal», ilustrou.

No entanto, antes de ter passado para as mãos dos atuais proprietários, o complexo termal estava «numa situação degradada e a não fazer uso desse potencial, que é um valor acrescentado para a região.

Até chegar aqui e até estarem concluídas as intervenções previstas, serão gastos «vários milhões de euros». Mas este dinheiro não foi apenas gasto em obras.

«Desde 2019, nunca parámos, nunca fechámos a operação. Nós nunca despedimos ninguém durante a Covid, estivemos sempre abertos, sem despedimentos. Pagámos a todos os fornecedores, estivemos sempre completamente ativos», assegurou Miguel Velez, ao mesmo tempo que admite que os últimos anos foram difíceis em termos económicos, incluindo o de 2019.

«Foram três anos duros. Primeiro, tivemos o pós-incêndio. Depois, houve dois anos de Covid. E nem assim deixámos de fazer o investimento que tínhamos planeado, nem deixámos de apostar na renovação das Caldas de Monchique com uma nova oferta», reforçou.

 

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João Fernandes – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

«Tivemos aqui investidores que, mesmo depois de um grande incêndio em Monchique, que lavrou aqui à volta do complexo, resolveram persistir e investir. E isso, na minha perspetiva, é uma mais valia que devemos acarinhar», salientou, por seu lado, João Fernandes.

«Vendo uma empresa que passa por todas estas dificuldades, depois apanha mais dois anos de Covid e que hoje está a celebrar a requalificação de quatro edifícios dos cinco principais, temos de reconhecer que há investimento privado que traz um claro benefício público», concluiu.

No entanto, em 2022,  a Unlock  vê «sinais de retoma bastante positivos. Temos muita procura de mercados nacionais e internacionais, as expetativas são muito boas para o verão. Estamos a lutar para ter aqueles sete quartos prontos e estamos a fazer todos os possíveis para que esta renovação esteja disponível em pleno para o Verão.

A renovação em curso nas Caldas de Monchique é feita com a assinatura da Unlock Boutique Hotels, «a maior cadeia de boutique hotéis em Portugal», que conta com 16 unidades com esta tipologia em todo o país.

«Aquilo que podemos trazer para a serra algarvia são produtos de alta qualidade, que sejam diferentes, e que permitam aos vários segmentos nacionais e internacionais conhecerem um outro Algarve, onde há muito para descobrir», enquadrou Miguel Velez.

«Estamos a apostar em tudo aquilo que é natureza, a envolvente natural e a calma, bem como em tudo o que envolva a água das Caldas, seja para beber, seja para tratamentos de saúde. Temos tratamentos terapêuticos, tratamentos de lazer e vamos continuar a apostar nessas duas componentes», elencou.

Desta forma, será feita uma aposta na renovação, não só, no hotel termal, mas também no spa a ele associado.

 

Fotos: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

 

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