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Projetos de gestão de combustível e de biomassa, mas também de criação de Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), estão já em curso no Barlavento Algarvio, para criar mecanismos que permitam diminuir os incêndios rurais graves, reduzir a área ardida e salvar vidas.

O Barlavento Algarvio, o Alto Tâmega e Coimbra foram as áreas escolhidas para acolher três projetos-piloto que visam «evitar a perda de vidas humanas em incêndios rurais, diminuir a percentagem dos incêndios superiores a 500 hectares e assegurar que a área ardida acumulada na década 2020-2030 não ultrapasse os 660 mil hectares», segundo a Associação Natureza Portugal|World Wide Fund (ANP|WWF), uma das entidades parceiras deste projeto financiado pela Comissão Europeia e coordenado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

Atualmente, o projeto piloto algarvio «apresenta uma taxa global de execução de 32%, destacando-se as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, mas também a recuperação de áreas ardidas, o uso do fogo, a geração de energia à base de biomassa» e a gestão de combustível.

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«Na gestão de combustível, o foco está no trabalho com pastores e produtores pecuários e na dinamização do fogo controlado», segundo a associação.

Também se está a trabalhar ao nível dos aglomerados rurais e da envolvente de áreas edificadas.

Aqui, «o foco direciona-se para a análise do risco e priorização das intervenções, bem como o aproveitamento de iniciativas prévias do território para valorização da interface urbano-rural, através da interação entre as áreas de condomínio de aldeia e as medidas dos Programas Aldeia Segura, Pessoas Seguras».

Também se está a avaliar o «potencial de instalação de caldeiras de biomassa», tendo em vista a produção de energia.

É que, segundo a ANP, através do projeto-piloto do Algarve também se quer «alavancar as atividades que deem, mais diretamente, resposta às principais vulnerabilidades do território».

«Por este motivo, optou-se por direcionar esforços para o reforço da governança e trabalho interentidades, apoiar iniciativas que aumentem o valor para quem trabalha nas zonas rurais, e estimulem a proteção da paisagem e dos aglomerados através da redução da biomassa – sempre tendo presente as sinergias entre os diferentes projetos», refere a associação.

A instalação de três Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) em Silves, nomeadamente as de Vale de Odelouca, Nova Serra e Falacho Enxerim, que são «pioneiras no país na finalização das responsabilidades do município e transferência do processo para a entidade gestora constituída», é outra medida em curso.

Foi ainda realizado «o primeiro curso de fogo controlado na região do Algarve e dinamização do fogo controlado com a criação de mosaicos, que irão alterar o comportamento do fogo em zonas críticas».

A formação, pela primeira vez no Algarve, de técnicos de fogo controlado certificados, «permitirá implementar planos de fogo controlado à escala da região».

Para levar a bom porto os diferentes projetos piloto, foi criada uma equipa de especialistas para apoiar a implementação do Programa Nacional de Ação (PNA), integrado no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais 20-30, nos territórios abrangidos.

«As três áreas piloto foram identificadas como representativas de outras zonas do país em função do risco de incêndio rural, das suas características florestais, sociais e económicas. Nas áreas piloto, as entidades locais (…) estão a trabalhar em conjunto as ações que identificaram como sendo críticas para a diminuição dos incêndios rurais graves», descreveu a ANP|WWF.

As autarquias, as Comunidades Intermunicipais, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a GNR são algumas das entidades envolvidas.

«O principal desafio é implementar metodologias efetivamente colaborativas, seguindo uma abordagem coordenada e integrada de gestão da paisagem e dos incêndios», acrescentou a associação.

 

 

Sul Informação

 



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