Pedopsiquiatria do Hospital de Beja só tem uma médica, mas a procura triplicou

A afirmação é de Catarina Martins, coordenadora do BE, após uma visita à unidade hospitalar

“Com a pandemia, a procura pela resposta hospitalar em Pedopsiquiatria triplicou, mas Beja continua a ter, apenas, uma pedopsiquiatra”. A revelação foi feita por Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, esta quarta-feira, durante uma visita ao Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja.

Apesar de todos os constrangimentos inerentes àquele equipamento hospitalar, Catarina Martins evidenciou que “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) conseguiu construir uma resposta de saúde mental inovadora, numa das zonas do país com maior incidência de suicídio e depressão”.

Contudo, realçou que apesar de “ser um edifício novo com condições, neste momento, tem um problema: não pode contratar mais”.

“Quando as necessidades em Saúde Mental são mais do que nunca, porque os dois anos de pandemia também aumentaram essa necessidade, o SNS não está a ter os recursos que precisa”, afirmou a líder do BE.

 

 

Em declarações aos jornalistas, Catarina Martins não poupou críticas ao Governo pelo desinvestimento naquela unidade hospitalar, lamentando que o Orçamento de Estado não tenha destinado verbas para a sua ampliação e apontando problemas que se prendem com a contratatação e fixação de profissionais.

Questionada quanto ao futuro do Hospital de Serpa, Catarina Martins considerou que “tem que ser público” e que “foi um erro” entregá-lo à Misericórdia.

Acrescentou que, “neste momento, no Hospital de Serpa corre tudo mal, tanto para os utentes, como para os profissionais”.

Para a coordenadora do BE, só há uma solução para o Hospital de Serpa: resgatá-lo para a esfera pública e dotá-lo de todas os meios e condições.

 

 

 

 



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