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A greve dos enfermeiros do Algarve, esta quinta-feira, 5 de Maio, para exigir a «valorização do trabalho» e protestar contra a «indiferença e ingratidão das administrações da ARS e do CHUA», está com uma adesão entre os 70 e os 100%. 

«Enfermeiros na linha da frente, salários na linha de trás», lia-se num dos cartazes exibidos por alguns dos enfermeiros que estavam esta manhã à porta do Hospital de Faro para apelar à progressão na carreira e aos salários «prometidos», quer pela Administração Regional de Saúde (ARS), quer pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).

Nuno Manjua, coordenador regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse aos jornalistas que «os enfermeiros estão indignados e não aceitam que o seu tempo de trabalho não seja contado. Há enfermeiros que trabalham há 10, 15 e 20 anos que ganham exatamente o mesmo do que um enfermeiro que sai agora da escola e começa a trabalhar».

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Mas esta não é a única situação que os leva a protestar.

«Há também outros motivos, como a falta de pagamento relativamente a trabalho que foi prestado por enfermeiros que estiveram nos centros de vacinação, folgas por gozar, que se agravaram durante a pandemia, tolerâncias que não foram pagas devidamente. Há um sem número de razões que levam os enfermeiros a estar em greve», continua Nuno Manjua.

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De acordo com o sindicalista, a greve tem 100% de adesão no Hospital de Lagos – «o que era de esperar porque, este mês, a administração do CHUA cortou 200 euros aos enfermeiros, ou seja, voltou atrás na progressão que já tinha feito» – cerca de 75% de adesão no Hospital de Portimão e 70% de adesão no Hospital de Faro.

Quanto aos centros de Saúde, os dados ainda estavam a ser recolhidos durante a manhã, mas Nuno Manjua referiu que há «muitas unidades nos 16 concelhos do Algarve que também estão em 100% de adesão».

Aos jornalistas, frisou ainda que a greve poderia ter sido evitada pelas administrações da ARS e do CHUA.

«Não o fizeram, e por isso todas as consequências para os utentes são da total responsabilidade destas administrações, porque a quem mais pediram para que se reorganizassem no seu dia a dia – para que mudassem de serviço, para que colaborassem na comunidade, nos centros de saúde, na colheita de testes, etc. – a todos eles a resposta das administrações é zero. Os enfermeiros também têm problemas que querem ver resolvidos», realçou Nuno Manjua.

O Sul Informação contactou a ARS Algarve e o CHUA para uma reação à greve, mas não obteve resposta até agora.

A greve dos enfermeiros algarvios, que começou às 8 horas, prolonga-se até à meia noite desta quinta-feira.

Fotos: Mariana Carriço|Sul Informação

 

 

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