Évora está no “centro” da Europa durante uma semana

Capital de distrito alentejana acolheu as comemorações oficiais do Dia da Europa e é anfitriã de cimeira internacional

Carlos Pinto de Sá – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

A Europa “invadiu” Évora no início desta semana e continuará bem presente nesta capital de distrito alentejana até ao final da tarde de hoje, dia 13 de Maio.

Na segunda-feira, dia 9 de Maio, Évora acolheu as cerimónias oficiais do Dia da Europa a nível nacional.

Este evento também foi o momento inicial da segunda cimeira das “Regiões Europeias para Comunidades Inteligentes”, que termina hoje e cujas sessões presenciais se dividiram entre o Convento do Espinheiro, em Évora, e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.

Em declarações ao Sul Informação, à margem do evento de dia 9, Carlos Pinto e Sá, presidente da Câmara de Évora, considerou «muito importante» o acolhimento das cerimónias do Dia da Europa.

 

 

«É uma afirmação, antes de mais, do prestígio nacional de Évora e do prestígio internacional crescente que vimos tendo, da relação que Évora tem com a União Europeia e do reconhecimento da capacidade organizativa do município», afirmou.

Mais do que ser anfitriã de uma iniciativa, Évora também aproveitou este dia para inaugurar um segundo edifício no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, «no âmbito do desenvolvimento do Alentejo, nomeadamente na área da tecnologia e da inovação».

«Este é um projeto que reúne um conjunto de atores de todo o Alentejo, universidades, politécnicos, empresas, autarquias, mas também universidades, por exemplo, do Algarve e da Espanha. Esta iniciativa tem uma grande importância para o futuro do Alentejo e de Évora», afirmou.

O Dia da Europa, recordou Carlos Pinto e Sá, está relacionado com a declaração Schuman. «Vale a pena visitar esta declaração e sobretudo, sublinhar e valorizar as propostas e os valores que tinha».

«Julgo que é importante que se sublinhe tudo o que de bom que foi feito até agora, mas também, naturalmente, os problemas, as dificuldades que sentimos e que afetam muitos dos nossos cidadãos e até questões do próprio futuro da humanidade, como é o problema das alterações climáticas», disse.

«Portanto, é um dia de festa, mas também é um dia de reflexão para pensar no futuro da União Europeia», acrescentou.

 

 

E refletir sobre o futuro é o grande objetivo da cimeira de âmbito europeu que decorre até hoje em Évora.

A Cimeira das “Regiões Europeias para Comunidades Inteligentes” é organizada pelo projeto “H2020-AURORAL”, liderado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, com o apoio da Alentejo Europe Initiative, Living in EU, RegHub, OASC, European Digital SME Alliance e IrRADIARE, Science for Evolution.

O evento reúne líderes locais e regionais de toda a Europa, «que vão discutir formas de envolver os cidadãos e as partes interessadas na co-promoção de pequenas cidades, vilas, aldeias e regiões mais inteligentes para um amanhã melhor, bem como oradores-chave de instituições europeias», segundo a CCDR alentejana.

«O importante desta cimeira é juntar todos os parceiros, juntar todas as pessoas que trabalham no projeto, e permitir que se faça uma partilha importante daquilo que tem sido feito neste primeiro ano de projeto», enquadrou Carmen Carvalheira, vice-presidente da CCDR do Alentejo, à margem da sessão de abertura oficial da conferência.

 

Carmen Carvalheira – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

A ideia é «partilhar e juntar as entidades, porque o projeto pode ser absolutamente determinante para a região, uma vez que aquilo que vamos fazer é pegar em tudo o que está a ser feito nos nossos projetos-piloto – disseminar as práticas, disseminar os resultados -, ao mesmo tempo que pegamos naquilo que tem estado a ser feito por todos os parceiros europeus e conseguir adaptar e aplicar na nossa região».

«Ao longo desta semana vamos falar de saúde, de cultura, de mobilidade, de transportes, de turismo, de envelhecimento ativo, de capacitação digital de todas as faixas etárias, desde os mais novos aos mais velhos, e estamos a conseguir juntar dentro do projeto todos os outros projetos que também tínhamos a correr na casa», elencou Carmem Carvalheira.

A mesma responsável salienta que o Alentejo tem particularidades que lhe permite ser «perfeito para ser uma região piloto».

«O que se faça aqui é muito fácil de adaptar a qualquer outra região, principalmente aquelas regiões que sejam de baixa densidade», acredita.

 

Fotos: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

 



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