A soberania alimentar e a cultura de excelência e do conhecimento são os pontos de partida para uma reflexão nos colóquios agendados para a 38ª Ovibeja, que irá decorrer entre os dias 21 e 25 de abril, no Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito, em Beja.
Sob a responsabilidade da ACOS-Associação de Agricultores do Sul, entidade organizadora da Ovibeja, decorre, a 23 de abril, o seminário “Como Alimentar o Planeta?”, com início previsto para as 10h30.
«Como Alimentar o Planeta?» é, também, o mote desta edição da grande feira do sul, recorda Claudino Matos, diretor-geral da ACOS.
Em declarações ao Sul Informação, o responsável admitiu que «em boa hora» foi escolhida esta temática, uma vez que «os tempos que atravessamos chamam a atenção para este problema».
É, precisamente sobre o tema central da Ovibeja deste ano que incide a reflexão preparada pela organização do evento, naquele que será um dos colóquios em destaque na feira.
Com a realização desta iniciativa, a ACOS pretende evidenciar dois aspetos ligados ao sector agrícola.
Por um lado, «o papel dos agricultores e da agricultura como setor primário na produção de alimentos para alimentar uma humanidade em crescimento exponencial», explica. Por outro, pretende evidenciar o seu envolvimento na mitigação das alterações climáticas.
«Temos que produzir mais com os mesmos recursos que temos hoje em dia, o que significa que os agricultores também têm um papel importante – para além da produção de alimentos – na mitigação das alterações climáticas», afirma Claudino Matos.
Confirmadas estão já as presenças de António Serrano, professor catedrático e antigo ministro da Agricultura, Paulo Portas, professor universitário e antigo ministro, e Pedro Fevereiro, investigador responsável do Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect.
Oiça aqui as declarações de Claudino Matos:
A par deste colóquio e de outras iniciativas promovidas pela ACOS, o certame contará também com a realização de debates dinamizados por diversas entidades.
Foi «um desafio que lançámos a várias entidades locais, nacionais e internacionais», acrescenta o responsável, explicando que isso se destina a garantir «uma abordagem mais alargada sobre a temática em destaque nesta edição da feira».
«Tivemos uma aceitação muito grande por parte de inúmeras entidades» ligadas à «área da Investigação e Desenvolvimento, da produção, da maquinaria de precisão».
São contributos que se irão refletir em diversos colóquios que vão acontecer durante os cinco dias da Ovibeja.
No primeiro dia da feira, 21 de abril, “Presente e futuro do montado, sistema único no âmbito alimentar e ambiental” é o tema a abordar, pelo Centro de Competências do Porco Alentejano e do Montado. Filipe Duarte Santos, Pedro Rocha, Pedro Reis são os oradores deste colóquio.
No mesmo dia, a Federação das Nacional de Regantes (FENAREG) promove o colóquio “O regadio no desafio da alimentação mundial”.
“Agricultura de precisão e digitalização, desafios, tendências e oportunidades” é a temática a apresentar, no dia 22, pelo Centro de Competências InovTechAgro.
No mesmo dia, o Centro de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agro-Florestal coloca em cima da mesa o tema “Alterações climáticas – como nos adaptarmos para alimentar o planeta”.
No dia 25, o Centro de Competências do Pastoreio Extensivo apresenta para reflexão “o sabor da pecuária extensiva” e “a pecuária extensiva e a sustentabilidade”.
A par destes e de outros seminários, a feira contará, ainda, com uma exposição temática preparada pela ACOS que apresentará «com muita informação relevante que nos vai fazer pensar sobre a nossa atitude perante o planeta onde vivemos», diz Claudino Matos:
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