PCP pergunta ao Governo o que vai fazer para garantir urgências durante a noite em Serpa

Para os comunistas, «o caminho do Hospital de São Paulo é o da sua reversão para o Ministério da Saúde»

O Partido Comunista Português (PCP) quer saber o que é que o Governo pretende fazer para garantir o funcionamento das urgências do Hospital de S. Paulo, em Serpa, após se ter sabido que esse serviço estará fechado, durante a noite, a partir desta segunda-feira, 3 de Janeiro, por dificuldades em preencher as escalas.

Os comunistas escreveram à ministra da Saúde, perguntando também a Marta Temido se o Governo concorda com «a decisão da Santa Casa da Misericórdia de Serpa em encerrar o atendimento do Serviço de Urgência a que está obrigada e é paga para assegurar».

O PCP recorda que este hospital «foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Serpa em 2014 por um período de 10 anos».

«Ou seja, a partir de 1 de Janeiro de 2015, o hospital passou a ser gerido pela Misericórdia ao abrigo de um contrato tripartido estabelecido entre a referida entidade, a ARS Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA). Desde a cedência do Hospital de São Paulo a Misericórdia de Serpa tem revelado imensas dificuldades de cumprir o que foi definido no acordo de cooperação», acusa o PCP.

«A situação veio a agravar-se com o anúncio por parte da Santa Casa da Misericórdia de Serpa de que o Serviço de Urgência do Hospital de São Paulo passará a encerrar no período noturno, ou seja entre as 00h00 e as 8h00 bem como está previsto o seu encerramento todas as quintas feiras», acrescenta este partido político que considera que a «Santa Casa da Misericórdia de Serpa está claramente a violar os deveres a que está obrigada», acrescenta.

Para os comunistas, «o caminho do Hospital de São Paulo é o da sua reversão para o Ministério da Saúde tal como previsto no acordo».

O PCP quer ainda saber se o Ministério da Saúde, representado pela ULSBA e pela ARS do Alentejo, foi «informado» da decisão de encerramento das urgências e que envolvimento teve nesta decisão que também já mereceu críticas da Assembleia Municipal de Serpa.

 



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