Em Beja, António Costa relativizou acordo do PS com o PAN

O secretário-geral do PS esteve, esta quarta-feira, em campanha em Beja

«O mundo rural é fundamental» e, para garantir um desenvolvimento dos territórios do interior, também é «fundamental termos uma agricultura cada vez mais forte». As palavras são de António Costa que esteve esta quarta-feira, 19 de Janeiro, em campanha nas ruas de Beja, onde relativizou um possível entendimento do PS com o PAN.

Esta possibilidade já foi admitida pelo próprio António Costa, mas tem sido alvo de muitas críticas no Baixo Alentejo, tanto do PSD, como da Confederação Agrícola de Portugal (CAP) e de associações ligadas ao mundo rural.

Aos jornalistas, Costa falou da importância de se assegurar uma agricultura forte e sustentável e realçou igualmente que a imigração é fundamental para o crescimento económico do país.

O secretário-geral do PS visitou, antes de ir ao centro de Beja, a empresa “Pax Berry”, localizada perto da freguesia de Quintos, dando-a como um bom exemplos de uma prática agrícola sustentável.

Já nas ruas do centro de Beja, Costa, acompanhado pela mulher Fernanda Tadeu e com uma samarra vestida, disse aos jornalistas que é possível compatibilizar produtividade com sustentabilidade, realçando o incremento do sector agrícola, ao nível da produção, nos últimos anos.

Quanto às críticas da CAP que pediu aos portugueses para não votarem no PS, depois de António Costa ter admitido, no debate televisivo com Rui Rio, líder do PSD, um possível acordo com o PAN, no pós-eleições, Costa considerou que «a CAP devia dizer que é necessário votar no PS para o PS ter maioria».

Questionado sobre a dependência do PAN para formar um Governo estável, o candidato socialista afirmou que o PS só está dependente dos portugueses e de mais ninguém.

Rodeado de cerca de uma centena de pessoas, entre elas, os autarcas socialistas do distrito de Beja e os candidatos do PS pelo círculo de Beja às Legislativas, António Costa destacou que, «nestes anos em que governámos em parceria com outros partidos, nunca deixámos de preservar o essencial. Estamos aqui, agora, precisamente porque não cedemos onde não é para ceder. Diálogo é uma coisa, mas ceder em valores essenciais não é possível».

Na curta passagem pela cidade de Beja, o secretário-geral do PS trocou breves palavras com comerciantes e bejenses.

Apesar da comitiva estar composta, António Costa também ouviu críticas nas ruas, em particular, quando uma senhora protestou por o «Hospital de Beja ter sido mudado para Évora» e por nada se fazer quanto ao aeroporto de Beja. Uma intervenção, rapidamente, interrompida pelos apoiantes e militantes socialistas com a frase de ordem da tarde: “PS, PS”.

 

 



Comentários

pub