O mês de Novembro foi muito frio e muito seco em Portugal Continental, mas foi o 5º mais quente a nível global (mais quentes 2020, 2015, 2016 e 2019), anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Na Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi superior 1.1 °C ao valor normal (1981-2010), mas houve diferenças regionais significativas.
Assim, por um lado, o mês foi mais quente do que a média na parte leste e sudeste, e numa zona que se estendia para oeste até a Irlanda.
Por outro lado, na Península Ibérica, em França e nas partes mais setentrionais do continente, o mês foi mais frio do que a média, acrescentou o IPMA.
Em relação à precipitação, na Europa, em Novembro, verificaram-se condições mais húmidas do que a média em partes do norte e nordeste da Europa, bem como nas regiões do Mediterrâneo, onde ocorreram várias inundações.
No restante continente, ocorreram condições mais secas do que a média, nomeadamente na parte oeste e sudeste.
Em Portugal continental, o valor médio da temperatura média do ar, 11.17 °C, foi o 4º mais baixo desde 2000, com uma anomalia de – 1.20 °C em relação ao valor normal 1971-2000.
O valor médio de temperatura mínima do ar, 5.78 °C, foi muito inferior ao valor normal, – 2.13 °C, sendo o 11º mais baixo desde 1931 e o 4º mais baixo desde 2000.
O valor médio de temperatura máxima do ar, 16.56 °C, foi 0.27 °C inferior ao valor normal.
Durante o mês, verificou-se alguma variabilidade dos valores de temperatura média do ar. No entanto, destacam-se os valores diários de temperatura mínima diária do ar quase sempre inferiores ao valor médio mensal, disse ainda o IPMA.
Novembro de 2021 foi o 3º mais seco dos últimos 90 anos (mais seco em 1981, 0.9 mm). O valor médio da quantidade de precipitação em novembro, 18.9 mm, foi muito inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a apenas 17 %.
Durante o mês, apenas se verificou precipitação mais significativa nos dias 1 a 3 e 20 a 21.
O IPMA realça, neste último período, a região do Algarve, com ocorrência de aguaceiros localmente fortes, acompanhados de trovoada, queda de granizo e o vento forte.
A falta de precipitação fez com que, no final do mês, 92 % do território estivesse em situação de seca meteorológica.
Aliás, segundo o IPMA, verificou-se um aumento significativo da área em seca meteorológica em todo o território.
Destaca-se o aumento da intensidade da seca na região Sul, estando mesmo alguns locais dos distritos de Setúbal, Beja e Faro na classe de seca severa.
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