Ligação submarina entre Sines e Marrocos avança com autorização da DGRM

DGRM atribuiu o Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo (TUPEM) ao promotor do cabo EllaLink para a instalação desta ligação

A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) atribuiu o Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo (TUPEM) ao promotor do cabo EllaLink para a instalação de uma ligação a Marrocos a partir do backbone principal, que liga Sines ao Brasil.

Segundo a DGRM, «o TUPEM foi atribuído ao abrigo do Decreto-Lei n.º 38/2015, no regime de concessão por 25 anos, contemplando no mar português uma área de implantação do cabo ótico submarino de 2.338 metros quadrados e uma área de proteção de 116.238 metros quadrados».

Consiste na instalação de um branch de cabo submarino internacional que permitirá a ligação a Casablanca, apresentando um comprimento de cerca de 420 quilómetros, através de um cabo de dois pares de fibras que permite uma largura de banda de 50 Terabit/s.

Os trabalhos «estão em fase avançada de preparação e o cabo deverá começar a ser instalado ainda durante o próximo mês de Janeiro, com vista ao arranque em funcionamento na primeira metade de 2022», realça a DGRM.

«Com mais este passo, o promotor dá cumprimento ao seu planeamento do importante projeto de ligação de dados de baixa latência EllaLink, que já está a operar entre Sines e Fortaleza e com uma ramificação à Madeira, alargando-se a rede de interconexões a diferentes geografias, neste caso ao norte de África».

A importância da ligação de Portugal, através de uma crescente rede de cabos de dados de última geração, «é fundamental no posicionamento nacional na economia dos dados, matéria que tem sido prioritária na ação governativa».

A DGRM recorda que o projeto EllaLink «contempla a primeira ligação direta entre a Europa e o Brasil, através de um cabo de ultra banda larga, com seis mil quilómetros de extensão e representando um investimento de 150 milhões de euros».

 



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