O SEPNA da GNR levantou dois autos de contra-ordenação à empresa que está a intervir na antiga fábrica da Cofaco, em Vila Real de Santo António, por alegadas irregularidades relacionadas com a retirada de materiais com amianto, na sequência de uma denúncia do PAN – Pessoas- Animais – Natureza.
A concelhia de VRSA deste partido veio a público revelar que «alertou as autoridades competentes para as atividades de remoção de amianto na zona da antiga Cofaco, remoção solicitada a pedido da Nautiber – Estaleiros Navais do Guadiana, empresa que detém o espaço».
«As atividades de remoção decorreram sem a ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho ter sido notificada de tais procedimentos, no sentido de as obras serem fiscalizadas para garantir a saúde dos trabalhadores e do ambiente envolvente», acusou o PAN.
Na sequência da denúncia, o SEPNA foi ao local e «levantou dois autos de notícia por contraordenação relativos à falta de notificação obrigatória à Autoridade para as Condições de Trabalho: um por se terem realizado atividades em que os trabalhadores estiveram ou puderam ter estado expostos a poeiras ou materiais que contenham amianto, e outro por falta de elaboração do plano de trabalhos por demolição ou remoção de materiais que possam conter amianto».
«O amianto é uma substância cancerígena que coloca em risco as pessoas que lidam com este tipo de fibrocimento, o que tem de acarretar uma maior responsabilidade às empresas nestas intervenções, uma vez que põe em causa a saúde das pessoas, pelo que é inaceitável a falta de garantia de fiscalização neste caso. O objetivo deste alerta é para que este tipo de situações não se repita e para que todas as empresas cumpram as normas no que toca a materiais perigosos», enquadra Saúl Rosa, porta-voz da concelhia de Vila Real de Santo António e comissário distrital de Faro do Pessoas-Animais-Natureza.
Contactada pelo Sul Informação, a Nautiber não quis comentar o sucedido.