Um angiógrafo biplanar de 2ª geração, um equipamento que permitirá tratar, no Algarve, doentes que tenham tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sem ser necessário o transporte para Lisboa, começou a ser instalado esta sexta-feira, dia 12 de Novembro, no Hospital de Faro.
«Este é um passo enorme para a região algarvia que permitirá não só dar uma resposta nestas áreas, como melhorará os resultados na qualidade de vida dos doentes», começou por dizer Paulo Neves, vogal executivo do Conselho de Administração do CHUA, durante a sessão de lançamento do projeto de literacia em saúde “A Insulina Sai à Rua” que aconteceu ontem, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro.
O angiógrafo biplanar, um equipamento de que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve precisava «desde que temos cardiologia», vai permitir tratar doentes que, por exemplo, tenham tido um acidente vascular cerebral (AVC) e em que seja necessário desobstruir o vaso afetado.
Com a instalação deste aparelho, «esse trabalho poderá ser feito em Faro» com uma «redução imediata no tempo de transporte» que era despendido entre o Algarve e Lisboa, seja de ambulância (três horas) ou de helicóptero (hora e meia). «Esta questão faz toda a diferença numa área tão nevrálgica como esta, porque o tempo aqui, para os doentes, é tudo», realçou.
Paulo Neves afirmou também aos jornalistas, à margem da sessão, que o CHUA está a fazer «com que a comunidade médica fique a saber» da existência deste novo equipamento, «estando já a surgir médicos com interesse em vir trabalhar para a região algarvia».
«Tendo o angiógrafo biplanar a funcionar, e sendo de última geração, captaremos mais médicos para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve», considerou o membro do Conselho de Administração do CHUA.
De resto, o Hospital de Faro já conseguiu um novo médico radiologista e também um profissional de cirurgia vascular, «algo que não tínhamos e com o qual passamos agora a contar».
Com a capacitação dos serviços hospitalares com este equipamento, e com «a excelente equipa, a nível nacional, que temos na neurocirurgia», o CHUA «tem tudo o que é necessário, não apenas para tratar os doentes, mas também para os ajudar a voltar à sua normalidade», concluiu Paulo Neves.
Este equipamento, financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, foi uma das prendas que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve recebeu aquando do seu quarto aniversário, numa cerimónia que contou com a presença de António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
