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Álvaro Leal, que foi o cabeça de lista da CDU à Câmara de Vila Real de Santo António, mas que, contra o seu próprio partido, aceitou um cargo de vereador permanente na autarquia, viabilizando assim o executivo minoritário do PS, veio a público na noite desta sexta-feira, dia 22, em comunicado, explicar as razões da sua decisão.

«Decidi aceitar a vereação em regime de permanência e assumir responsabilidades em pelouros como o Desporto, Juventude, Ambiente e a Modernização Administrativa, entre outros, porque é a opção mais responsável, a que melhor serve a nossa terra e aquela para a qual fui aconselhado pelos muitos candidatos e apoiantes da lista que encabecei», começa por dizer, num comunicado enviado esta noite às redações.

«Tomei a decisão mais difícil da minha vida, mas fi-lo de forma muito ponderada e consciente que é a mais benéfica para presente e futuro do meu concelho e sem olhar aos interesses partidários», garante.

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O agora vereador permanente e com pelouros acrescenta que até pediu «à coordenadora da CDU de Vila Real de Santo António que me continuasse a acompanhar nesta caminhada, que nunca desejei fazer sozinho». Só que, revela, «infelizmente, a Direção Regional do PCP não permitiu que os anseios dos vila-realenses fossem ouvidos e respeitados».

De facto, ontem, ao final da tarde, a Comissão Concelhia de Vila Real de Santo António do PCP tinha garantido, em comunicado, que o vereador eleito pela CDU não iria assumir quaisquer pelouros. Os comunistas vilarrealenses garantiam ainda que a CDU teria «uma atitude construtiva», mas atuaria «num quadro de total independência e autonomia», apoiando «tudo quanto de positivo seja proposto, combatendo tudo o que de negativo venha a surgir e tomando a iniciativa de apresentar propostas e soluções para o concelho».

Só que, esta manhã, durante a reunião de Câmara, Álvaro Leal aceitou o cargo de vereador permanente, com pelouros, na Câmara de Vila Real de Santo António, contrariando assim a decisão do PCP.

No seu comunicado, Leal começa por explicar a sua decisão dizendo que «a situação gravosa do nosso concelho é conhecida por todos e merece que cada um de nós faça os sacrifícios necessários para inverter esta situação».

Por isso, na sua opinião, «a opção proposta pelo PCP levaria a reuniões de câmara exaustivas, sem resultados positivos e consequentemente só prejudicaria em muito o funcionamento regular que é necessário implementar no município e que poderia levar a uma situação similar à que se viveu em Castro Marim em 2019 e que em nada contribuiu para desenvolvimento do concelho vizinho e que, na nossa realidade, só beneficiaria o retorno do PSD de Luís Gomes».

Álvaro Leal assegura igualmente que, «no exercício do meu mandato, irei manter a minha independência e os valores que nortearam a minha candidatura e a minha vida», acrescentando que espera e deseja «o apoio de todos e desde logo da CDU».

«Estou certo que o tempo e o trabalho da equipa que irei escolher irão provar o quanto acertada foi esta decisão, porque aquilo que sempre quisemos foi trabalhar por Vila Real de Santo António», conclui o novo vereador do Desporto, Juventude, Ambiente e a Modernização Administrativa da Câmara Municipal da cidade do Guadiana.

Álvaro Leal já tinha sido cabeça de lista à Câmara de VRSA, pela CDU, nas Eleições Autárquicas de 2017, quando foi eleito vereador, função que desempenhou, na oposição, durante o executivo liderado pela social-democrata Conceição Cabrita, que se demitiu após suspeitas de corrupção, e depois por Luís Romão.

 

 
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