Sindicato lamenta fecho temporário da urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Beja

Este encerramento foi comunicado pelo Conselho de Administração, deixando de haver atendimento de urgência dessa especialidade

Foto: Ana Teresa Alves | Sul Informação (Arquivo)

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou ontem, 4 de Outubro, em comunicado, o encerramento temporário do serviço de urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, devido à falta de clínicos, exigindo ao Governo mais investimento em recursos humanos.

Em comunicado enviado às redações, o sim indicou que este serviço «esteve encerrado no período compreendido entre as 08h00 do dia 2 de Outubro e as 08h00 do dia 4 por «falta de médicos da Especialidade de Obstetrícia para o preenchimento da escala».

«Este encerramento foi comunicado pelo Conselho de Administração, deixando de haver atendimento de urgência dessa especialidade, ficando apenas assegurada a urgência interna», diz o SIM.

O Hospital de Beja deu indicação «para a transferência das utentes que recorressem ao seu Serviço de Urgência de Obstetrícia», solicitando a colaboração do Hospital de Setúbal que, «como é bem conhecido, tem vindo a apresentar também problemas críticos e períodos de encerramento».

O SIM «lamenta a situação de calamidade em vários Serviços de Urgência do SNS, consequência da inação do Governo que nada tem feito para alterar a baixa atratividade do SNS».

Exige também que o Governo «reconheça o problema e não se esconda na propaganda», apelando ainda a este órgão e ao Parlamento «que invistam no SNS e nos seus recursos humanos para inverter a tendência de degradação crescente a que assistimos quase diariamente».

O sindicato salienta que «a anormalidade não pode ser a regra» e que «os doentes e as grávidas de todo o país têm direito e devem ter acesso a cuidados de qualidade e em tempo útil», conclui.

 



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