Hospital Privado do Alentejo quer colmatar carências na área da saúde no Baixo Alentejo

Primeiro hospital pós-Covid nasce em Beja, no final de 2023, e custa 26 milhões de euros

Francisco Miranda Duarte, diretor-executivo do grupo Empírica – Foto: Ana Teresa Alves | Sul Informação

É no final de 2023 que Beja irá ter o Hospital Privado do Alentejo, num investimento de 26 milhões de euros, que irá criar mais de 250 postos de trabalho. O objetivo, de acordo com os investidores, passa por reforçar a oferta de cuidados de saúde hospitalares diferenciados no Baixo Alentejo.

O futuro hospital, cujo projeto foi  apresentado em Beja, esta quarta-feira, resulta de uma parceria entre o grupo Empírica, criado em 2018 por especialistas do setor da saúde com experiência nos principais grupos portugueses, e a empresa alemã líder em tecnologia médica Siemens Healthineers.

Entre as diversas valências, o hospital, com três pisos, vai contar com “um centro de diagnóstico avançado e com tecnologia de última geração para as áreas de intervenção minimamente invasivas, podendo dar resposta a doentes agudos e crónicos”.

O projeto inclui também uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, com 80 camas, e pretende tornar-se uma referência em áreas como a cardiologia e a oncologia.

No primeiro piso do Hospital, ficará localizada a Imagiologia, Laboratórios e a Farmácia. O segundo piso, dedicado ao Serviço de Ambulatório, é onde funcionarão as Consultas Externas, o Atendimento Permanente Adulto e Pediátrico e a Medicina Física e de Reabilitação.

O último piso será dedicado ao Bloco Operatório, constituído por três salas, à Unidade de Cuidados Intermédios e Intensivos, bem como ao Internamento, Recobro e Exames Endoscópicos.

Isto mesmo foi explicado por Francisco Miranda Duarte, diretor-executivo do grupo Empírica, referindo, também, que é o primeiro Hospital desenhado num cenário pós-Covid.

O responsável destacou ainda a diferenciação tecnológica e a componente digital na interação com o cliente, como dois fatores que marcam a diferença neste projeto.

“Este é um Hospital que nós queremos que seja para todos. Obviamente, é de uma forma especial para quem tenha seguros de saúde ou ADSE, mas nós queremos que seja um Hospital convencionado com o Estado, nomeadamente em áreas nas quais não há resposta na região, tal como acontece com a ressonância magnética”, sublinhou o responsável.

Para demonstrar “o compromisso com a comunidade”, Francisco Miranda Duarte anunciou que o Hospital vai disponibilizar um serviço gratuito – para famílias que adiram – de visitas de enfermagem periódicas, junto do doente.

Por exemplo, doentes com patologias cardíacas serão acompanhados 24 horas por dia, “no conforto do seu lar”, junto das famílias ou dos cuidadores, referiu.

O CEO da Empírica explicou aos jornalistas que a escolha de Beja para a instalação da nova unidade hospitalar prendeu-se com o facto de ser uma capital de distrito com carências acentuadas na área da saúde.

Admitindo que “a captação de profissionais é crítica”, Francisco Miranda Duarte destacou, contudo, o facto de a cidade ter uma Escola Superior de Saúde, o que é uma mais-valia, e desvendou que “está nos planos” estabelecer uma parceria com aquela instituição de ensino.

Na apresentação do projeto, Aníbal Costa, vice-presidente da CCDR Alentejo, afirmou que “devemos estar todos muito satisfeitos com a influência que a nova infraestrutura vai trazer para a região”, salientando a “melhoria substancial ao nível da qualidade da prestação dos cuidados de saúde”, trazida pelo Hospital Particular do Alentejo.

 

Fotos: Ana Teresa Alves | Sul Informação

 

 



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