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Virgem Suta, Buba Espinho, Nuno Guerreiro, Sílvia Pérez Cruz, Quinta do Bill ou os Clã são alguns dos destaques do Festival interMEDio, que vai decorrer de 23 a 29 de Agosto, num evento intercalar e de edição limitada que marcará «o regresso da animação musical focada nas músicas do mundo ao sul de Portugal e à cidade de Loulé». 

«Estreias no nosso país, alguns regressos a Loulé, concertos especiais que partem de encomendas da organização, parcerias e muitas surpresas da parte de alguns dos protagonistas» são alguns dos concertos que poderão ser contemplados nesta edição única do interMEDio, diz a Câmara Municipal de Loulé numa nota enviada às redações.

Mas é sobretudo «a diversidade e criatividade das sonoridades presentes que constituem o trunfo deste cartaz», acrescenta.

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Todos os dias terão lugar no Palco Cerca dois concertos: um será de um artista português, enquanto o outro terá o carimbo internacional.

O festival arranca a 23 de Agosto com os portugueses Virgem Suta, que voltam a Loulé «para brindar o público com os seus temas intensos e o seu humor apurado e boa disposição, bem à maneira alentejana».

Não é por acaso que «esta é uma das bandas que melhor representa a atual geração do pop-rock cantado em português», refere a autarquia.

Ainda nesta noite, os mexicanos Kumbia Boruka vão pisar pela primeira vez um palco português, trazendo «uma nova roupagem às cumbias clássicas dos anos 60, misturando-as com influências do reggae, dub, música africana e guitarras psicadélicas». Mas a cumbia peruana, chamada chicha, também não é esquecida sendo o resultado uma cumbia híbrida – nueva cumbia – com uma energia latina explosiva.

No segundo dia do interMEDio, 24 de Agosto, a noite começa com a voz de Buba Espinho, jovem cantor alentejano que traz consigo o legado de várias gerações da música tradicional portuguesa.

Natural de Beja, «desde cedo que vive e sente a música de raiz intensamente, pela mão do pai, também músico, que lhe transmitiu a importante missão de a preservar. A relação entre dois patrimónios culturais imateriais da humanidade, o Cante Alentejano e o Fado, sente-se quando o ouvimos», realça a Câmara de Loulé.

 

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Buba Espinho

 

Neste dia, Loulé irá também assistir a mais ao regresso dos ucranianos DakhaBrakha, projeto criado em 2004 por Vladyslav Troitskyi que começou por apostar na música folk ucraniana, mas evoluiu para ritmos e sonoridades de todo o mundo.

São hoje conhecidos pela imensa variedade de instrumentos tradicionais a que recorrem e que assumem o papel principal nas composições da banda.

Depois de em 2013 ter subido ao palco do Festival MED, Sílvia Pérez Cruz vai apresentar o seu novo trabalho no dia 25.

A catalã representa uma geração de cantautoras no feminino que tem impressionado o mercado internacional da música sendo, neste momento, uma das artistas mais acarinhadas pelo público e pela crítica de Espanha. Desta vez apresenta-se acompanhada pela a sua banda.

No final da noite, «a lusofonia vai estar em destaque num concerto que nasce de uma encomenda para o interMEDio» e que vai juntar em palco dois ambientes musicais distintos: as sonoridades urbanas dos subúrbios da Grande Lisboa pela voz de Tristany, «que transporta uma realidade vivida na primeira pessoa nestes espaços marginais», e a música africana politicamente engajada protagonizado por Prétu (antes Chullage), «da qual retira samples e junta programações do dub ao batuku, kilapanga, hip hop ou grime», explica o município de Loulé.

Nuno Guerreiro irá fazer-se ouvir na sua cidade natal no dia 26 de Agosto. O vocalista da “Ala dos Namorados” há mais de 25 anos foi investindo numa carreira a solo e é nessa condição que regressa aos palcos, com “Na hora certa”, «um disco que é um mergulho para dentro de si mesmo e que terá a sua estreia absoluta em Loulé», explica a autarquia.

 

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Nuno Guerreiro é vocalista da “Ala dos Namorados”

 

O segundo concerto da noite traz também a música portuguesa com Moulinex, o alter ego do produtor português, DJ e multi-instrumentista Luís Clara Gomes, em que, desde contemplações melancólicas na eletrónica à house e disco mais exuberantes, «o seu trabalho tem colhido elogios globalmente, quer pelo público, quer pela crítica, principalmente desde que começou a incorporar elementos da world music na sua música».

Os Clã «podem parecer, à partida, uma surpresa no cartaz do interMEDio e são mesmo uma vez que prometem trazer a Loulé um espetáculo completamente diferente do que habituaram os seus fiéis seguidores», salienta a Câmara Municipal de Loulé.

Manuela Azevedo e os seus companheiros vêm abrir a noite de 27 de Agosto e mostrar que «são muito mais do que uma banda pop-rock e que conseguem movimentar-se noutros registos e noutras dinâmicas musicais onde cabem várias sonoridades até porque o palco é o elemento natural onde a banda encontra o rigor, a irreverência e a energia, reconhecida pela excelência das suas apresentações ao vivo».

Ainda neste dia, o angolano Paulo Flores, um dos artistas que fez parte do movimento percursor da kizomba, sobe ao palco para mais um momento inesquecível para a comunidade africana radicada no Algarve.

O cantor surge «numa bem-sucedida mistura de influências africanas, caribenhas, brasileiras e afro-cubanas» sendo considerado “O poeta do povo “ pois «é um contador de histórias e narrativas que são fiéis depositárias da identidade angolana contemporânea», explica.

No penúltimo dia do Festival, 28, os franco-argelinos Tiwiza abrem as hostes numa estreia absoluta em solo nacional cheia de ritmos de percussão, riffs chaabi e blues do deserto, envolvida em arranjos poderosos e letras envolventes, tudo com espírito rock’n’roll.

A banda oferece música popular profundamente enraizada no solo africano ao mesmo tempo que funde tradição e modernidade de uma forma natural. A sua mensagem, veiculada em 3 línguas, é a de uma ancestralidade que proclama a sua sede de liberdade e direito de existir; na luta pela sobrevivência, Tiwiza estende sua crítica à injustiça em todo o mundo.

Em mais uma encomenda, os tomarenses Quinta do Bill convidam Kátia Guerreiro, Rita Redshoes e Pedro de Castro a juntarem-se em palco «para um momento que será único».

Com mais de 30 anos de carreira e um conjunto de canções únicas, a banda é «indiscutivelmente a maior banda folk rock portuguesa», numa obra que mistura «a emoção das baladas com a energia contagiante da folk e do rock». Tendo como lema “fazer de cada concerto uma grande festa”, a banda é conhecida precisamente por atuações inesquecíveis, que perduram na memória de quem os vê ao vivo.

Para terminar, no dia 29 de Agosto, o Festival interMEDio apresenta o cantautor brasileiro Luca Argel, que imigrou para Portugal em 2012, para estudar, e por aqui ficou. Carioca radicado no Porto, é vocalista e compositor dos grupos Samba Sem Fronteiras e Orquestra Bamba Social, com quem divide a alegria de difundir a sonoridade e poesia da música brasileira em Portugal.

Um músico com samba a correr-lhe nas veias, sendo o seu quarto disco a solo “Samba de Guerrilha”, lançado em Fevereiro, um bom exemplo disso.

 

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Luca Argel

 

E como não podia deixar de ser, o encerramento do Festival interMEDio acontece em festa e ao som dos Fogo Fogo, a banda que esteve na apresentação do Festival MED 2019, no Cineteatro Louletano.

O projeto de Francisco Rebelo (baixo), João Gomes (teclas), Márcio Silva (bateria), Danilo Lopes e David Pessoa (vozes/guitarra), tem agitado com incontrolável energia as pistas de dança lisboetas. Os músicos envolvidos são «ultra-experientes, profundos conhecedores dos múltiplos grooves de inspiração africana e atiram-se a funanás e a música de baile de festa africana como se 1987 tivesse sido anteontem», refere a autarquia louletana.

E neste contexto «assumem a mais primordial das missões: fazer dançar sem truques, apenas com energia de bpms carregados, com a bateria e o baixo em permanente derrapagem e os sons inspirados na “gaita” (a concertina) a comandarem a identidade melódica».

Os bilhetes vão estar à venda a partir de quinta-feira, 12 de Agosto, online e no Cineteatro Louletano, custando 7 euros o bilhete diário. Será ainda disponibilizado um número limitado de bilhetes semanais com um custo de 40 euros cada.

As portas do recinto abrem às 20h30 e os concertos decorrem às 21h30 e 23h30, respetivamente, apenas no Palco Cerca.

O Festival rege-se pelo cumprimento das normas e recomendações emitidas pela Direção-Geral de Saúde no que respeita à pandemia da Covid-19, nomeadamente o uso obrigatório da máscara e o distanciamento social, sendo que todos os lugares são sentados. A lotação é limitada e todos os lugares são sentados.

Todas as informações sobre o evento disponíveis no Facebook do Festival.



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