A cidade de Beja acolheu, na tarde desta quarta-feira, dia 14, a apresentação pública dos candidatos autárquicos do PSD, neste distrito do Baixo Alentejo. A iniciativa contou com a presença do líder do partido e dos cabeças-de-lista das 11 candidaturas, até agora, anunciadas.
A cerimónia de apresentação dos candidatos arrancou com o discurso do presidente da distrital de Beja do PSD. Gonçalo Valente começou a sua intervenção saudando os candidatos que concorrem a onze Câmaras do distrito de Beja, definindo-os como “os nossos heróis”, por “terem dado o corpo às balas”, naquele que considera ser “um desafio exigente, a troco de nada, num terreno desfavorável”.
Realçando a ideia de que os últimos anos têm sido difíceis para o PSD, em particular, no distrito de Beja, Gonçalo Valente entende que, neste momento, estão reunidas as condições para atingir os objetivos das várias candidaturas no Baixo Alentejo, destacando o reforço que candidatos independentes vêm dar às listas social-democratas.
“Para o PSD, as eleições autárquicas de 2021 são mais importantes um pouco do que outras no passado”, disse Rui Rio, fazendo referência aos resultados das últimas três eleições autárquicas.
“Todos sabemos que à escala nacional, em três eleições seguidas, baixámos um pouco”, afirmou, acrescentando que “baixámos em 2009 relativamente a 2005, depois, demos um trambolhão, em 2013, e depois outro trambolhão em 2017”.
A nível do poder local, “o PSD continua a ser um grande partido, mas está muito aquém daquilo que já foi” e, nesse sentido, Rio considera que estas eleições são fundamentais “para recuperar a força perdida”.
Por seu lado, salientando a ideia de que os candidatos no distrito de Beja abraçam o desafio de concorrer às autarquias por convicção e pelo serviço à comunidade, Rui Rio corroborou as palavras do presidente da distrital laranja, ao dizer que são “candidatos a troco de nada”.
“Beja precisa de quem a defenda aos mais diversos níveis”, afirmou Rui Rio, dizendo não estar esquecido das “insuficiências estruturais” do território, referindo-se à ferrovia, à rodovia e ao aeroporto.
“É preciso que, na capital do país, se olhe para o interior”, sublinhou. “Beja tem sido claramente um dos distritos mais esquecidos” pelo poder central, acrescentou. Uma realidade que Rio garante que será modificada com o PSD.
“O distrito de Beja vai dar ao PSD um resultado eleitoral muito bom”, vaticinou Nuno Palma Ferro, candidato da coligação PSD/CDS (Beja Consegue) à Câmara da capital do distrito.
Com “projeto, ideias, apoio político e mecanismos para mudar, nós podemos ganhar”, salientou Palma Ferro.
Dos catorze concelhos do distrito de Beja, apenas, Mértola, Castro Verde e Vidigueira não têm candidatos social-democratas anunciados. O presidente da distrital laranja disse aos jornalistas que “são processos que, ainda, estão a decorrer” e que “a decisão será anunciada na próxima semana”.
Ao que o Sul Informação apurou, no concelho de Castro Verde, o PSD não irá apresentar candidatura à Câmara, só concorrendo à Assembleia Municipal. Em Mértola, continua em aberto o processo de constituição das listas. Quanto à Vidigueira, o PSD apoia um movimento de cidadãos.
Em Beja, a candidatura “Beja Consegue”, que junta PSD, CDS, PPM, Iniciativa Liberal e a Aliança, é encabecada por Nuno Palma Ferro.
Em Aljustrel, a candidata é Ana Carvalhais, em Almodôvar, regressa António Sebastião, em Alvito, a aposta recai em Pedro Penedo, em Barrancos, será Dalila Guerra, e, em Cuba, a candidata é Clarisse Batista.
Em Ferreira do Alentejo, o PSD apresenta como candidato José Pereira, em Moura, avança Luís Acabado, e, em Odemira, trata-se de Arménio Simão.
Em Ourique, o cabeça de lista é o presidente da distrital, Gonçalo Valente, enquanto em Serpa, o candidato é José Damião Félix.
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