Câmara de Serpa volta a defender reversão do Hospital de S. Paulo para a gestão pública

Hospital de S. Paulo é gerido, há cerca de seis anos, pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa

A Câmara Municipal de Serpa defendeu, uma vez mais, a reversão do Hospital de S. Paulo – atualmente gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa – para a gestão pública e a sua integração no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com um comunicado, na última reunião de Câmara, realizada no dia 21 de julho, foi aprovada, por unanimidade, uma tomada de posição da autarquia de Serpa sobre o direito à saúde, nomeadamente, no que concerne ao Hospital de São Paulo e à sua reintegração no SNS.

O município explica que, tendo em conta que “a saúde é um direito constitucionalmente consagrado», «não pode estar dependente de opções gestionárias ou de resultados económicos», pelo que «só o retorno e a integração do Hospital de São Paulo no Serviço Nacional de Saúde, poderá garantir o direito à saúde” da população do concelho de Serpa.

«A reversão do Hospital de São Paulo, em Serpa, para a gestão pública e a sua integração no Serviço Nacional de Saúde tem vindo a ser defendida desde que a sua gestão deixou a esfera pública», recorda a Câmara Municipal.

Acrescenta ainda que «a intermitência da abertura noturna do serviço de urgência deste Hospital, que voltou a acontecer nos últimos meses, veio, mais uma vez, provar que, apenas, a gestão pública assegura um direito da população: o acesso à saúde».

Nos últimos meses, têm sido vários os episódios de encerramento verificados, em particular, no Serviço de Urgência do Hospital de S. Paulo, que têm espoletado reações não só por parte da Câmara Municipal, como da população, através da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Serpa, que tem vindo a denunciar aquela que diz ser uma «a situação já recorrente» que «demonstra a fragilidade da resposta que está a ser dada neste serviço».

Tomé Pires, presidente da autarquia serpense, frisa que o acordo de cooperação estabelecido em 2015 – altura em que a gestão daquela unidade hospitalar foi transferida para a Misericórdia de Serpa – entre a ARS do Alentejo, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) e a Santa Casa «não tem funcionado».

 
 

 
 



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