Alentejo perde mais de 52 mil habitantes na última década (com infografias)

Beja é o concelho que mais população perdeu (em termos absolutos, Barrancos o que mais desceu em percentagem, Odemira o que mais cresceu

Beja – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

O Alentejo é a região do país que regista um decréscimo mais expressivo da população. Em dez anos, a região perdeu 52 368 residentes, o que equivale a 6,9% da população. Beja é o concelho que regista maior perda de habitantes no Baixo Alentejo.

Os resultados preliminares do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021 foram, esta quarta-feira, divulgados pelo INE e revelam que, em Portugal, a população residente é de 10 347 892.

Quanto ao Baixo Alentejo, os dados mostram que, na última década, Beja foi o município que mais população perdeu, registando menos 2453 pessoas (6,8%).

No entanto, em termos relativos, o município que mais residentes perdeu, em todo o território nacional e obviamente também no distrito de Beja, foi Barrancos, que viu desaparecer quase um quarto da sua já reduzida população em dez anos (-21,8%).

Seguem-se Moura (menos 1900), Serpa (-1855), Mértola (-1069), Vidigueira (-755), Almodôvar (-740), Ferreira do Alentejo (-579), Ourique (-547), Cuba (-504), Barrancos (-399), Castro Verde (-398), Aljustrel (-378) e Alvito (-228).

Apenas um concelho do distrito de Beja registou um aumento da população. Odemira viu, na última década, a população crescer em 3457 residentes, aumentando de 26.066 para 29.523 habitantes (13,3%), de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021. Foi mesmo o município do país que mais aumentou em termos de percentagem.

 

Em termos nacionais, os números indicam que, na última década, Portugal regista um decréscimo populacional de 2,0% e acentua o padrão de litoralização e concentração da população junto da capital.

O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas regiões que registam um crescimento da população, sendo o Alentejo aquela que regista o decréscimo mais expressivo.

As únicas regiões NUTS II que registaram um crescimento da população entre 2011 e 2021 foram o Algarve (3,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%).

As restantes regiões viram decrescer o seu efetivo populacional, com o Alentejo a observar a quebra mais expressiva, com -6,9%, seguindo-se a Região Autónoma da Madeira, com -6,2%.

 

Portugal registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação, embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores.

Os primeiros resultados dos Censos 2021 têm um carácter preliminar, na medida em que são baseados em contagens resultantes do processo de recolha (edifícios, alojamentos, agregados e indivíduos) e divulgados antes do processo final de tratamento e validação da informação recolhida, os quais fornecendo facilidade e rapidez no acesso destinam-se essencialmente a antecipar as necessidades dos utilizadores.

Os Resultados Preliminares estão disponíveis até ao nível geográfico de freguesia e acessíveis na Plataforma de Divulgação dos Censos 2021 – Resultados Preliminares, disponível em censos.ine.pt.

Infografias: Nuno Costa | Sul Informação

 



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