O presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) espera que o governo britânico não retire hoje Portugal do chamado “corredor verde”, que dispensa os turistas ingleses de cumprir quarentena no regresso ao seu país, após férias em território português.
Esta possibilidade foi aventada pela imprensa do Reino Unido, que salienta que a lista de países nos corredores verde, amarelo e vermelho será esta quinta-feira atualizada pelo Governo britânico.
«Estamos a aguardar a decisão oficial», disse João Fernandes às jornalistas, à margem da cerimónia de abertura da época balnear na praia de Porto de Mós, em Lagos, com o ministro do Ambiente.
A acontecer essa alteração, «é evidente que terá um impacto muito significativo no Algarve», disse o presidente da RTA.
«Nós tínhamos uma procura muito robusta e crescente para as próximas semanas, do mercado britânico, com voos a aumentaram a sua capacidade, com as reservas nos hotéis a consolidarem-se desde 17 de Maio», data em que Portugal (Algarve incluído) foi colocado na lista verde dos britânicos.
Por isso, salientou João Fernandes, se a situação mudar, «obviamente que seria um duro revés, na medida em que esta decisão leva três semanas a ter efeito».
No entanto, o responsável pelo Turismo do Algarve mantém alguma esperança, revelando que «acabaram de sair os dados do ECDC [Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças] que nos colocam entre os três países da Europa com menos incidência nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes».
Tendo em conta esses dados, «não há razão para que essa revisão de risco por parte dos britânicos» retire o nosso país da lista de países seguros para viajar.
Quanto aos eventuais riscos que os turistas britânicos possam representar para os portugueses, em termos de contágio do Covid-19, João Fernandes lembrou que «um turista britânico, antes de vir para Portugal, tem de fazer o teste PCR», ao mesmo tempo que «os britânicos são, no contexto europeu, o povo com o processo de vacinação mais avançado».
