«No cancro da pele, a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais»

Rastreio em Beja contou com a participação de 200 pessoas.

Arminda Palma, coordenadora do grupo de apoio de Beja da LPCC e Catarina Queirós, médica dermatologista

O Grupo de Apoio de Beja da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) recebeu, este sábado, dia 19 de Junho, uma ação de rastreio do cancro de pele que contou com duzentas pessoas inscritas.

Este foi o quinto ano que a cidade de Beja recebeu o rastreio, que foi levado a cabo por dois médicos dermatologistas do IPO de Lisboa.

«No cancro da pele, a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais», explicou ao Sul Informação, Arminda Palma, coordenadora do Grupo de Apoio de Beja da LPCC.

Demonstrando a sua satisfação com a grande adesão dos bejenses à iniciativa, a responsável confidenciou que «além das duzentas inscrições, há trinta pessoas em lista de espera».

Os dois médicos especialistas não tiveram mãos a medir, num dia intenso de trabalho voluntário.

«Se estas iniciativas já eram importantes, antes da pandemia, agora são ainda mais», considerou Catarina Queirós, uma das médicas dermatologistas que se deslocou, voluntariamente, no último sábado a Beja.

 

Núcleo de Beja da Liga Portuguesa contra o Cancro

 

Catarina Queirós realçou que «há muita gente que deixou de ir ao médico, pessoas que faltaram a consultas», outras que «viram as consultas canceladas», admitindo que se verifica «uma percentagem anormal de doentes com lesões» que acabam por ser referenciados pelos médicos dermatologistas para «consulta hospitalar.

A médica enaltece também o facto de «certas regiões do país», como é o caso do Baixo Alentejo, terem «um acesso difícil» a determinadas especialidades, como é o caso da dermatologia e, nesse sentido, este tipo de ações são “fulcrais” em termos de saúde.

 

A dermatologista explicou que, «felizmente, na maioria dos casos, neste tipo de rastreio, não se verificam lesões suspeitas ou lesões malignas» frisando contudo que «a percentagem de lesões pré-malignas ou já tumorais, este ano, tem sido superior à verificada há dois ou três anos».

Uma situação preocupante que a especialista justifica com a pandemia e pela falta de cuidados médicos nos últimos 14 meses.

 

 

Com o aproximar das férias de Verão, altura em que muitos portugueses se deslocam para zonas de praia, estando mais expostos ao sol, Catarina Queirós deixou também alguns conselhos preventivos.

 

 

 



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