Comboio direto entre Beja e Évora regressou este domingo

A decisão da CP surge onze anos depois de ter sido interrompida a ligação direta entre as duas cidades alentejanas

A partir deste domingo, 13 de Junho, foi reposta a ligação direta em comboio entre Beja e Évora.

Desde 2010 que, quem viajava entre Beja-Évora e Évora-Beja, tinha que sair do comboio em Casa Branca e aguardar por uma automotora, durante uma hora. Sem a ligação direta que, agora, regressa, os passageiros demoravam tanto tempo a chegar de Beja a Évora de comboio, como a Lisboa (cerca de duas horas).

Com esta alteração, vão existir três circulações diretas por dia e por sentido, em automotoras a diesel a 120 km/h. O intercidades percorrerá, numa hora e treze minutos, os cerca de 90 quilómetros de distância entre as duas capitais de distrito.

Cuba, Alvito, Vila Nova da Baronia, Alcáçovas e Casa Branca são as cinco estações e apeadeiros por onde vai passar este Intercidades.

Na Linha do Alentejo, o serviço é realizado com uma automotora a gasóleo da série 450, uma vez que, o troço Casa Branca-Beja não está eletrificado.

Em Casa Branca, são necessários seis minutos para inverter a marcha da automotora, porque não há uma ligação direta entre a linha do Alentejo e a linha de Évora. Um constrangimento, que segundo a empresa Infraestruturas de Portugal, poderia ser resolvido com a construção de uma concordância em Casa Branca, num investimento estimado em pelo menos oito milhões de euros.

A partir deste domingo, passou também a vigorar um novo horário da CP. Nesse sentido, nos dias úteis, as ligações Beja-Lisboa passam das atuais quatro para cinco (e vice-versa). Já a ligação direta Beja-Évora (e vice-versa), será feita três vezes por dia, durante a semana, enquanto aos fins-de-semana e feriados nacionais passa a haver uma ligação direta Beja-Évora (e vice-versa).

Para Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, “este aumento da oferta só é possível, devido ao forte investimento feito, nos últimos anos, na EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), nomeadamente, no recrutamento de recursos humanos para a empresa” e que, segundo o autarca, “tem permitido recuperar dezenas de composições que estavam paradas e inativas para o serviço”.

 

 

 
 



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