PCP diz que Linha do Alentejo «está mais que estudada» e quer ouvir IP no Parlamento

PCP diz que é «inadmissível» gastar mais de 3 milhões de euros em estudos

O PCP solicitou ao Governo uma audição da Infraestruturas de Portugal (IP) sobre a Modernização e eletrificação da Linha do Alentejo. João Dias, deputado comunista eleito por Beja, diz que “esta linha está mais que estudada”.

O pedido surge, após ter sido publicado, no passado dia 5, em Diário da República, o Concurso para o Projeto da Eletrificação da linha férrea, no troço Casa Branca/Beja, com a respetiva ligação ao Aeroporto de Beja, num valor de 3 milhões e 230 mil euros.

O PCP recorda que “referido anúncio determina que o prazo de execução dos referidos projetos é de 967 dias, ou seja, cerca de 3 anos, o que significa que a conclusão dos estudos será em 2025”.

Os comunistas frisam que “esta linha já foi alvo de estudos que têm custado milhões de euros aos portugueses”, destacando “o estudo da REFER de maio de 2015”, que analisou “as intervenções nesta infraestrutura ferroviária para o troço Casa Branca – Funcheira” e contemplou “várias soluções, nomeadamente, no que respeita às velocidades e, também, quanto à concordância de Casa Branca e a variante do aeroporto de Beja”.

Nesse sentido, João Dias, deputado do PCP eleito por Beja, diz ser “incompreensível e mesmo inadmissível que se ignore o estudo da REFER, optando-se pelo gasto de mais 3,23 milhões de euros para estudar o que já está estudado”.

Para o PCP, “a prioridade deve ser de se avançar, de imediato, não com mais estudos e projetos, mas com os respetivos projetos de execução e as respetivas candidaturas”.

 

 

Os sucessivos estudos são, na opinião de João Dias, “uma perda de tempo”. O parlamentar aponta, ainda, o dedo ao Governo, dizendo que “em ano de eleições, cai bem dizer que quer fazer”, mas depois “não concretiza” uma obra “tão necessária para a região e para o país”.

 

 



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