Governo mantém a cerca sanitária nas duas freguesias de Odemira

Acesso às freguesias, a partir de segunda-feira, para trabalhar, vai ser possível

A cerca sanitária vai manter-se nas freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve, no concelho de Odemira, anunciou Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, no final do Conselho de Ministros, que decorreu esta quinta-feira, 6 de Maio.

A governante explicou, ainda assim, que a situação epidemiológica no concelho alentejano já esteve com uma incidência acima dos mil casos por 100 mil habitantes a 14 dias e, agora, «está com pouco mais de 240 casos».

Esta «forte melhoria» leva a que, a partir de segunda-feira, possa ser possível o acesso às duas freguesias para trabalhar. As condições serão definidas pela ministra da Saúde e pelo ministro da Administração Interna.

Para a semana, poderá haver novidades, uma vez que, se a incidência do vírus «continuar nessa tendência de forte queda», poderá ser levantada a cerca sanitária na próxima quinta-feira, adiantou Mariana Vieira da Silva.

A governante comentou também, na conferência de imprensa, as condições em que vivem os trabalhadores agrícolas do concelho alentejano.

Para a ministra, «não podemos permitir que continuem estas condições de insalubridade em que vivem muitos destes migrantes».

«Temos de ir procurando soluções alternativas, primeiro temporárias e depois definitivas. O Governo já o tinha aprovado em 2019» algumas regreas e precisa agora de corrigir a solução encontrada na altura, considerou.

Por seu lado, Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, admitiu que o Governo está disponível para «acordar um valor» com os proprietários do Zmar, empreendimento turístico que foi requisitado pelo Governo e onde foram alojados, esta madrugada, 30 imigrantes.

O ministrou recordou que, no ano passado, houve problemas semelhantes em Lisboa, sendo que, nos casos em que os empresários chegaram a acordo para a cedência dos espaços, o Governo «pagou uma diária, baixa».

A decisão de manter a cerca sanitária surge no mesmo dia em que José Alberto Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, também em conferência de imprensa, tinha adiantado que a autarquia, ontem, «consensualizou que fosse remetida ao senhor primeiro-ministro uma proposta a pedir que ponderem o eventual levantamento da cerca sanitária e a explicar o contexto em que estamos».

Segundo o autarca, o documento enviado na quarta-feira ao Governo está alicerçado em três aspetos fundamentais: a descida muito acentuada de casos ativos de Covid-19, o considerável decréscimo de infeções nas freguesias sob cerca sanitária, bem como o sofrimento e as dificuldades das populações locais na gestão das suas vidas e das atividades económicas.

Pelo menos esta semana, esta pretensão de Odemira não foi atendida.

 

 



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