O Museu Regional Rainha D. Leonor, em Beja, onde decorreu a cerimónia de apresentação do Futurama – Ecossistema Cultural e Artístico do Baixo Alentejo, foi esta sexta-feira, dia 30, o local de arranque do roteiro por todo o país que a ministra da Cultura agora iniciou.
O Sul Informação questionou Graça Fonseca sobre o porquê de o ter iniciado na capital do Baixo Alentejo e a governante respondeu, também com uma pergunta: “porque é que não havia de se iniciar em Beja?”.
A ministra afirmou que “Beja é um local muito importante para iniciar” tal roteiro, uma vez que o Museu Rainha D. Leonor “está no âmbito dos investimentos a realizar nos próximos anos” e, “acima de tudo, porque iria sempre começar no sul. Desde que tomei posse, fui bastante mais para norte do que para sul e, portanto, o roteiro iniciar-se-ia sempre no sul”.
O museu de Beja serviu de palco para a apresentação do projeto Futurama, que aposta no desenvolvimento e na coesão territorial, através de uma programação cultural contemporânea que se baseia no cruzamento de diversas disciplinas artísticas e que vai decorrer nos concelhos de Beja, Castro Verde, Mértola e Serpa.
A apresentação realizou-se precisamente num dos museus que integram uma lista de 46 locais que o Governo considerou prioritários, em termos de obras de reabilitação, e que estão “elencados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para um investimento global de 150 milhões de euros”.
A governante sublinhou que esta “é uma oportunidade muito importante para fazer um investimento estruturado e estratégico para o futuro, nos nossos museus e monumentos nacionais”, destacando que “o Museu de Beja é, de facto, um monumento muito importante nesta estratégia”.
Este monumento emblemático do concelho bejense vai “finalmente ter as obras que merece”, garantiu Graça Fonseca.
Depois de ter visitado também o Teatro Pax Julia, em Beja, a governante revelou que, no âmbito daquilo que foi decidido em reunião do Conselho de Ministros e também no PRR, “foi aprovada a regulamentação da Rede de Cineteatros, que vai permitir iniciar, já este ano, o processo de lançamento o concurso de apoio à programação de cineteatros em todo o país”.
Uma aprovação que tem também “ligação” ao PRR, “porque colocámos como segundo grande componente de investimentos, o investimento nos equipamentos culturais em todo o país, nomeadamente, nos cineteatros”, disse Graça Fonseca.
Isso vai “permitir equipar os equipamentos para a transição digital”, situação que “irá permitir fazermos ciclos de cinema em formato digital, mais capacidade de gravar e de ter obra digital”.
Fotos: Ana Teresa Alves | Sul Informação
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