Associações Rota Vicentina e Casas Brancas pedem reavaliação das medidas para Odemira

«O concelho de Odemira requer uma análise particular, nomeadamente por ter uma população permanente que não é considerada residente, o que altera drasticamente os indicadores de referência»

As associações Rota Vicentina e Casas Brancas pedem a reavaliação das medidas de controlo da pandemia para Odemira, depois de o Governo ter cedido que este concelho alentejano vai regredir no processo de desconfinamento. 

Numa declaração enviada à imprensa, a associação Rota Vicentina manifesta-se «seriamente preocupada» com a decisão do Governo, uma vez que «penalizará seriamente toda a economia local e atividades várias que têm ficado à margem da evolução da pandemia no concelho, factos facilmente verificáveis pelas autoridades que acompanham a situação».

«Sendo compreensível que será difícil analisar cada situação caso a caso, o concelho de Odemira requer uma análise particular, nomeadamente por ter uma população permanente que não é considerada residente, o que altera drasticamente os indicadores de referência», diz ainda.

«O país tem lutado a nível europeu por uma avaliação que considere as taxas de testagem, e não é justo que o mesmo critério não seja aplicado a nível interno, sendo que Odemira procedeu a uma campanha de testagem massiva nas últimas semanas que, sendo essencial ao controlo da situação, deve ser devidamente ponderada nos indicadores», acrescenta.

Também a associação Casas Brancas manifestou, numa nota enviada às redações, o seu «repúdio» pela decisão do executivo de António Costa que coloca «em causa a sustentabilidade do turismo e da restauração em Odemira».

«Os empresários deste setor têm demonstrado total cooperação no cumprimento das regras impostas pelo Governo e pela DGS. Como tal, não podem ser prejudicados nesta nova avaliação do Plano de Desconfinamento, ainda para mais quando a metodologia de cálculo dos indicadores que servem de base à decisão está claramente desadequada face à realidade do território», conclui.

A própria Câmara de Odemira também já veio a público contestar a decisão do Governo, considerando que foram tomadas medidas «injustas» para o concelho. 

 



Comentários

pub