A Câmara Municipal de Beja, promotora do projeto do novo Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia em Beja, edifício que irá acolher o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL), abriu, no passado dia 24 de Março, as propostas recebidas, no âmbito do segundo concurso público para a sua construção.
A infraestrutura, que irá custar 1,6 milhões de euros, “será de uma importância, absolutamente, estratégica para o futuro do CEBAL, mas também para o desenvolvimento do concelho e da região”, sublinhou, ao Sul Informação, o presidente da direção daquele Centro de Biotecnologia.
Rui Marreiros salientou que, apesar de ter sido um “processo complicado, em linha com aquilo que se sabe, hoje, em relação a este tipo de concurso e de obras públicas”, a autarquia bejense “tem assumido esta aposta” que será fundamental para o território.
Nesse sentido, o responsável frisou que o município conseguiu ultrapassar duas dificuldades: a primeira, prende-se com “a disponibilidade do mercado dos empreiteiros para fazerem este tipo de obras”, que foi superada com “o reajuste a partir do primeiro concurso”.
Depois, por ter conseguido “criar condições do ponto de vista de execução financeira”, que neste caso, “contou com uma grande participação da CCDR Alentejo”, resultando no lançamento do segundo concurso. Situação que Rui Marreiros diz trazer “tranquilidade ao processo” e que culminará com a construção do Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia.
Rui Marreiros explicou ainda que, para acompanhar o crescimento da equipa e do trabalho desenvolvido pelos investigadores e cientistas do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo, é necessário garantir melhores condições, em termos de infraestrutura, em particular, através da ampliação dos laboratórios e salas de experimentação para o desenvolvimento da sua atividade.
Nesse sentido, o Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia, que “passará a ser a nova casa do CEBAL”, permitirá “dar corpo, àquilo que o CEBAL já alcançou, em termos da sua dimensão”, nomeadamente, “do crescimento” registado “nos últimos tempos que “culminou com mais projetos”, situação que contribuiu para o reforçar ao nível do “capital humano”.
O Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia que irá acolher o CEBAL – que atualmente está instalado num edifício cedido pelo IPBeja – vai ser construído junto às Piscinas Cobertas, na cidade de Beja. Trata-se de uma obra que, esclareceu Rui Marreiros, “irá acolher tudo aquilo que o CEBAL já é”, bem como “os projetos futuros que estão em carteira” e que só se concretizarão com a esta nova infraestrutura.
Segundo comunicado do CEBAL, “o novo Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia, em Beja, resultou de uma candidatura apresentada pela autarquia bejense, em parceria com o CEBAL e com o Instituto Politécnico de Beja, ao Programa Operacional Regional Alentejo 2020, que congregou uma visão disruptiva e estratégica da Ciência para o Território”.
Trata-se de criar condições para fomentar “uma ciência com impacto social, económico, cultural e ambiental, que contribui para potenciar a atratividade de novos investimentos, baseados no conhecimento, valorizando uma economia assente nos recursos endógenos e nas atividades emergentes de elevado índice tecnológico”.
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