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A Variante à EN125 de Olhão será uma das poucas obras de infraestruturas rodoviárias que vai avançar no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, uma estratégia que está em consulta pública e que será financiada com a chamada “bazuca europeia”.

Esta era uma «ambição antiga dos olhanenses», que se tornará uma realidade nos próximos anos, cuja inclusão no PRR foi «conquistada com muito trabalho e persistência» e foi o resultado «de muitas horas de diplomacia», revelou ao Sul Informação António Pina, presidente da Câmara de Olhão.

O processo conheceu, de resto, um avanço na passada semana, com o lançamento pela Infraestruturas de Portugal «um concurso para a elaboração do projeto de execução da obra. (…) Seguir-se-á o concurso público para adjudicação da obra, que esperamos que seja lançado em 2022».

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Desta forma, o facto da obra estar incluída neste plano de investimentos, que visa revitalizar a economia no pós-pandemia, não surpreende o edil olhanense.

«No seguimento das reuniões que tivemos com o ministro e com as Infraestruturas de Portugal (IP), sabíamos que esta variante estava no topo das prioridades, a nível nacional», disse António Pina.

«O sr. ministro das Infraestruturas, uma vez que esta iniciativa já tinha algum grau maturidade, entendeu, e bem, colocá-la no Plano de Recuperação e Resiliência», acrescentou.

 

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António Pina – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

 

Afinal, esta é uma obra que já esteve projetada para ser feita, no âmbito da requalificação da EN125, foi deixada cair pelo Governo de Pedro Passos Coelho, após a renegociação da concessão Rotas do Algarve Litoral e voltou a ser colocada em cima da mesa durante o primeiro mandato do Governo socialista de António Costa.

No início de 2017, Pedro Marques, o então ministro do Planeamento e Infraestruturas, veio a Olhão anunciar o lançamento do concurso para o estudo prévio desta obra, algo que veio a acontecer poucos meses depois.

O avançar do processo levou António Pina a vir a público realçar a importância da obra «para o desenvolvimento de Olhão enquanto cidade e concelho» e para «que este território disponha de uma via efetivamente alternativa à EN 125, que atravessa a cidade, com os consequentes constrangimentos ao tráfego automóvel e de peões».

Nesta altura, ainda se apontava o final de 2018 como a data para início das obras, apesar de ser realçado que ainda faltavam muitos trâmites.

A realidade veio dar razão a estes avisos de cautela, já que, cerca de um ano depois, em Julho de 2018, ainda não estava concluído o estudo prévio. Ainda assim, Pedro Marques assegurava que a obra não estava esquecida.

Em Maio de 2019, o Estudo de Impacto Ambiental do projeto, entretanto elaborado e entregue pela IP às autoridades do Ambiente, foi para consulta pública e acabou por receber declaração favorável.

 

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Proposta original para a Variante de Olhão, a solução defendida como a melhor no Estudo de Impacto Ambiental

 

Na passada semana, a Infraestruturas de Portugal anunciou que tinha sido publicado em Diário da República o concurso público para a elaboração do Projeto de Execução da Variante à EN125, em Olhão.

«Os estudos a contratualizar visam a criação de uma via, com cerca de 6,1 quilómetros, que será uma alternativa rodoviária à Estrada Nacional, assegurando importantes benefícios ao nível da segurança automóvel e pedonal, e de fluidez do trânsito no centro da cidade de Olhão, ao retirar da zona urbana o tráfego de passagem», lê-se na comunicação desta empresa pública, responsável pela execução e financiamento da obra.

«A futura variante terá início ao quilómetro 111,6 da EN125, onde será construída uma nova rotunda, a qual ligará novamente à Estrada Nacional na rotunda existente ao quilómetro 116,1. De modo a reforçar a articulação com a rede viária local, o projeto irá também contemplar a criação de outras quatro novas rotundas e de um entroncamento para melhoria dos acessos à zona industrial localizada no final do traçado», acrescentou.

«O PRR tem pouca dotação para infraestruturas rodoviárias e são muito poucas as obras que foram consideradas. Aqui no Algarve apenas tivemos a Variante de Olhão e a ponte entre Alcoutim e Sanlúcar, pelo que ficamos satisfeito que a nossa tenha sido considerada como prioritária», disse, ainda, António Pina.

 

 

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