Janeiro trouxe mais água para as barragens do Baixo Alentejo

Barragem do Alqueva acabou Janeiro muito próxima de atingir os 70% da capacidade total de água armazenada

Barragem do Alqueva – Imagem de Arquivo

As barragens do Baixo Alentejo viram os seus volumes de água armazenada aumentar, com destaque para a albufeira do Alqueva, cujo nível se fixou muito próximo dos 70%, no final do mês passado.

O aumento gradual das disponibilidades hídricas, que permitiu que a seca tenha acabado em todo o país, nomeadamente no distrito de Beja, onde persistia há anos,  permite olhar com mais otimismo para as reservas de água existentes, com duas das três bacias hidrográficas existentes no território a apresentar níveis de armazenamento total superiores a 50%.

Neste campo, destaque para a bacia hidrográfica do Guadiana, que viu a quantidade de água armazenada subir dos 64,1% da capacidade total, no final de 2020, para os 67,9%, em Janeiro.

Para isso, contribui muito o nível da albufeira do Alqueva (Moura), que está atualmente a 69,4% da sua capacidade (estava a 65, 9 no final de Dezembro).

Já a barragem do Enxoé (Serpa), está nos 56,8% da sua capacidade máxima, depois de ter acabado 2020 com 51,1%. As demais albufeiras desta extensa bacia – extende-se desde o Alto Alentejo até ao Algarve – também registaram aumentos de volume.

Noutra bacia hidrográfica, a do Mira, a evolução das disponibilidades hídricas foi bem mais modesta, mas não deixou de ser uma realidade.

Na barragem de Santa Clara (Odemira), os níveis de água armazenada subiram de 43,1%, em Dezembro, para os 43,4%, no final do mês passado.

A albufeira de Corte Brique (Odemira), está agora a 38,9% da sua capacidade total (37,5 no final de Dezembro).

 

Barragem de Santa Clara – Imagem de Arquivo

 

Na bacia do Sado, houve uma franca evolução em duas das três barragens do concelho de Ourique.

As albufeiras de Monte Miguéis e Monte Gatos, que estava ambas abaixo dos 20% no final de 2020 (14,9% e 13,1%, respetivamente), registaram subidas muito significativas, para os 28,9%, no primeiro caso, e para os 25,2%, no segundo.

Já a barragem do Monte da Rocha evoluiu dos 12,1% de Dezembro, para 12,9%, no final de Janeiro.

Nas outras albufeiras desta bacia hidrográfica que estão situadas no distrito de Beja, também houve um aumento dos volumes de água armazenada.

Na barragem do Roxo (Aljustrel), as disponibilidades hídricas subiram de 27,8% para 30% de um mês para o outro, enquanto na de Odivelas (Ferreira do Alentejo) subiram dos 38% de final de Dezembro para os 39,7% de Janeiro.

Na albufeira de Alvito (Cuba), o volume de água armazenada subiu para os 80,3% da capacidade total, quando era de 78,7% no final de 2020.

Apesar do aumento generalizado dos volumes de água armazenada, concentram-se no distrito de Beja seis das 12 barragens de Portugal Continental abaixo dos 40% da sua capacidade total, num universo de 59 albufeiras existentes no país.

Por outro lado, também é neste território que está uma das 25 barragens com disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total.

 

 

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