Covid-19: Hospital de Beja vive hoje situação «muito mais confortável»

Hospital chegou a transferir doentes para o Algarve quando atingiu o limite de internamentos Covid-19

Foto: Ana Teresa Alves|Sul Informação

A situação que se vive no Hospital de Beja, relativamente ao número de internamentos por Covid-19, é hoje «muito mais confortável». A garantia foi dada ao Sul Informação por Conceição Margalha, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

Numa altura em que o número de infetados, bem como de internamentos, um pouco por todo o país, tem vindo a diminuir, também no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, a Covid-19 parece estar a dar tréguas.

Janeiro foi o mês em que aquela unidade hospitalar atingiu a ocupação plena, durante várias semanas, tendo chegado a necessitar de articular internamentos com outros hospitais do sul do país, em particular, com o hospital de campanha montado no Pavilhão Multiusos Arena de Portimão, para onde foram transferidos cinco doentes com Covid-19.

Atualmente, «a situação é muito mais confortável», uma vez que «os números diminuíram muito», frisa Conceição Margalha.

 

Conceição Margalha

A responsável revela que, neste momento, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) já começou «a reduzir o número de camas Covid», de forma a «ser retomada a atividade não Covid» e a «tratar doentes que têm outras patologias» que «têm ficado para trás».

A presidente do Conselho de Administração da ULSBA refere que, atualmente, existem vagas tanto na enfermaria, como na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), embora menos, porque a «pressão ainda é grande».

Conceição Margalha esclarece que, tendo em conta os números referentes à última quarta-feira, dia 17, o Hospital de Beja tinha 34 camas ocupadas com doentes Covid internados. No mesmo dia, deram entrada no Hospital de Beja, 4 novos doentes e tinham tido alta 3 pessoas.

Na Unidade de Cuidados Intensivos, o total de camas, para doentes Covid é de 12. Na quarta-feira existiam 8 camas ocupadas, o que significa que estavam 3 disponíveis.

 

 

Questionada quanto ao futuro e a um eventual desconfinamento, a breve trecho, Conceição Margalha revela, ao Sul Informação, que tem a expetativa que, na altura em que as restrições forem levantadas, isso não signifique um novo aumento do número de casos positivos.

«O grande desafio», frisa, «é conseguir fazer um desconfinamento sem agravar, de uma maneira complicada, a situação epidemiológica».

Por outro lado, a presidente do Conselho de Administração da ULSBA sublinha a «grande esperança da vacinação». Um processo que, espera, e «consiga alargar a todas as pessoas».

«Sairmos dos grupos prioritários e passarmos à vacinação da população em geral», diz Conceição Margalha, «será a grande arma do nosso futuro».

A responsável recorda ainda que a região Alentejo é a que tem a maior percentagem de pessoas vacinadas contra a Covid-19, de acordo com o relatório semanal da DGS, apresentado na última terça-feira.

A liderança do Alentejo no processo de vacinação é justificada por Conceição Margalha com o facto de grande parte da população da região ser idosa e também ao «esforço muitíssimo grande de todos os envolvidos neste processo» de vacinação.

A responsável acrescenta também que a ULSBA «tudo tem feito para não desperdiçar uma única dose» da vacina e «utilizá-la adequadamente».

Nos próximos tempos, Conceição Margalha assegura que a ULSBA se vai empenhar em tratar adequadamente as pessoas, em vaciná-las, não
esquecendo que existem outras patologias não Covid-19 «que também precisam de ser tratadas».

 

 

 

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