Baixo Alentejo mete «as mãos na massa» no combate às alterações climáticas

Projeto foi apresentado esta sexta-feira, 29 de Janeiro

Charcos temporários – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

Não é «mais um estudo», mas uma iniciativa que vai «meter as mãos na massa». O projeto “Viver o clima no Baixo Alentejo” vai implementar, ao longo de três anos, medidas de mitigação às alterações climáticas, como a conservação de sebes e o restauro de charcos temporários, em oito concelhos alentejanos que se inserem na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).

Este projeto foi apresentado esta sexta-feira, 29 de Janeiro, numa sessão, pelo Zoom, com Jorge Rosa, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), e Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, e na qual o Sul Informação também participou.

No fundo, o “Viver o clima no Baixo Alentejo” tem cinco vertentes de atuação: a conservação de sebes, matos e arvenses (medida direcionada às estruturas ecológicas no meio da área produtiva e à constituição de refúgios de biodiversidade para espécies ameaçadas), o restauro de charcos temporários e de galerias ripícolas, bem como workshops e campanhas de sensibilização.

O projeto vai ser implementado em oito concelhos que pertencem tanto à CIMBAL – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, como à área de influência do EMFA.

As ações a serem tomadas diferem de município para município. Se em Moura, Serpa e Vidigueira haverá a conservação de matos, sebes e arvenses), em Beja estão previstas logo três medidas: conservação de sebes, matos e arvenses e o restauro dos charcos e das galerias ripícolas.

Já no Alvito, serão levadas a cabo medidas nos charcos temporários e galerias ripícolas e, em Ferreira do Alentejo, nas sebes, matos, arvenses e galerias ripícolas.

 

Apresentação do projeto, em reunião Zoom

 

Por fim, Aljustrel e Cuba terão direito a ações na conservação de sebes, matos, arvenses e nos charcos temporários.

O projeto terá a duração de três anos e começará o quanto antes. Questionado pelo Sul Informação, Fernando Romba, primeiro-secretário da CIMBAL, explicou que «os agricultores vão ser envolvidos» no processo, uma vez que «algumas ações serão feitas em terrenos privados».

Esta iniciativa, que resulta de uma parceria entre a CIMBAL e a EDIA, quer contribuir para «mitigar os impactos nas alterações climáticas», valorizando o território do Baixo Alentejo ao «garantir a conservação das espécies e diversidade a nível da fauna e da flora».

Neste sentido, a ministra da Agricultura fez referência ao facto de este setor estar bastante «preocupado com a questão das alterações climáticas», uma vez que há a «necessidade de ter respostas efetivas».

«Por isso, vejo com agrado este programa, com uma estratégia e uma linha de ação muito clara, com uma fonte de financiamento, os EEA Grants, e muito preparado para ter um modelo de desempenho, com metas a atingir», considerou a governante.

Já Jorge Rosa, presidente da CIMBAL, abordou a importância das medidas que vão ser tomadas neste novo projeto, uma vez que «trazem inúmeros benefícios ambientais, sociais e económicos».

«Para a nossa Comunidade Intermunicipal, o combate as alterações climáticas é uma prioridade para a região», concluiu.

 

 

 

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