Património: Fundação Eugénio de Almeida e Arquidiocese de Évora criam «aplicação para inventário artístico»

Apresentação do projeto acontece digitalmente no dia 17

A arquidiocese de Évora e a Fundação Eugénio de Almeida realizaram um inventário artístico para disponibilizar ao público o património possibilitar, através de um website, a “atualização regular das informações reunidas”.

“Ninguém estima e cuida aquilo que não conhece. Só através do conhecimento preciso do património que se possui, é possível olhá-lo e compreendê-lo com outros olhos, outro espírito, e preocuparmo-nos com a sua conservação e dinamização. O património inventariado tem, ao longo dos séculos, testemunhado a simbiose entre a fé, tradição e cultura de uma comunidade e país. A expectativa da Fundação Eugénio de Almeida é contribuir para a dinamização cultural da região e do país, bem como satisfazer o interesse do grande público em conhecer um património, riquíssimo, que é pertença de todos” afirma D. Francisco Senra Coelho, presidente da Fundação, no site da arquidiocese de Évora.

Através de uma ferramenta tecnológica, “Inwebparoquias”, abre-se um “conhecimento, fundamental no âmbito da preservação e divulgação do património nacional – uma base de dados de acesso público com informação sobre milhares de peças de arte sacra, documentos de arquivo e livro antigo que constituem os bens religiosos da diocese”.

O projeto disponibiliza um “programa de formação específico para utilização da aplicação, destinado aos responsáveis pela gestão deste património”, coordenado pela Fundação Eugénio de Almeida.

No dia 17 de dezembro, será apresentado, na plataforma ZOOM e em direto nas páginas de Facebook da Fundação Eugénio de Almeida, da Arquidiocese de Évora e do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, o novo website do projeto – www.inventarioaevora.com.pt – para, “de forma mais apelativa e atualizada”, ajudar no acesso à informação.

A Fundação Eugénio de Almeida sublinha a importância de “os responsáveis pelos acervos paroquiais” registarem “as alterações verificadas nas coleções de arte sacra do seu concelho”, que deverão conter informações como “a data da sua inventariação”, também “empréstimos para exposição” e ainda a “necessidade de intervenções de conservação e restauro”, permitindo, desta forma, estando assim disponível a atualização permanente desta informação.

O Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora, considerado pioneiro em Portugal disponibiliza os resultados da sua execução numa plataforma tecnológica digital acessível a um universo de públicos abrangente, permitindo a gestão continuada e a sua dinamização através da investigação académica e do tratamento permanente da informação histórica, artística, sociológica e religiosa dos acervos catalogados, atingindo a finalidade essencial da sua valorização e dinamização.

O trabalho de inventariação compreendeu o “levantamento exaustivo” de “objetos de grande valor histórico-artístico e religioso”, tais como “pinturas, esculturas, alfaias litúrgicas, paramentos, instrumentos musicais, ourivesaria, património integrado, documentos de arquivo e livros antigos nos 24 concelhos” que integram o território da arquidiocese de Évora.

Realizado por uma “equipa multidisciplinar de técnicos com formação em história, história da arte e ciências documentais coordenada pelo Dr. Artur Goulart de Melo Borges”, o trabalho terminou em 2016, “com a catalogação de aproximadamente 60 000 itens que correspondem aos acervos de 158 paróquias que abrangem, no todo ou em parte, os distritos de Portalegre, Évora, Santarém e Setúbal”.

 

 


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