Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Uma Oficina de Formação dedicada ao Ensino Profissional decorreu em Portimão nas últimas semanas, por iniciativa do Centro de Formação Associação de Escolas Portimão & Monchique. A oficina foi frequentada por um conjunto de professores diretores de curso das três escolas secundárias da cidade, a saber, António Aleixo, Bemposta e Manuel Teixeira Gomes.

Tomando como ponto de partida a necessidade de promover a melhoria dos resultados dos alunos do ensino profissional (cf. infoescolas.mec.pt), e tendo presente o reconhecimento explícito na atual legislação acerca da importância da figura do Diretor de Curso no Ensino Profissional de nível secundário, ao grupo de participantes foi lançado o desafio da construção de propostas de melhoria concretas e contextualizadas, a implementar nas diferentes escolas do concelho.

 

Banner lateral albufeira

Sul Informação

 

No primeiro momento desta ação, o grupo refletiu sobre as principais questões que condicionam, na atualidade, os cursos profissionais (por exemplo, orientação vocacional à entrada no ensino secundário, educação inclusiva, autonomia e flexibilidade curricular), analisando as características dos alunos que frequentam esta importante modalidade de formação e debatendo aspetos relacionados com a estrutura e a dinâmica de funcionamento dos cursos profissionais nas escolas secundárias – nomeadamente aspetos relacionados com a Gestão Curricular, com a Formação em Contexto de Trabalho e com a Prova Final de Aptidão Profissional.

Num segundo momento, foi então elaborado um conjunto muito diversificado de propostas de ação a implementar em contexto local.

Parte das propostas apresentadas visou a necessidade de introduzir mudanças ao nível da organização escolar: criação do conselho coordenador do ensino profissional, por oposição ao atual cargo unipessoal de coordenador dos cursos profissionais; criação de equipas coordenadoras de curso, que assegurem o aproveitamento da experiência acumulada ao longo do tempo em determinadas áreas de formação; criação de estruturas colegiais para lançamento e acompanhamento das experiências de formação em contexto de trabalho dos estudantes, explorando-se outras modalidades para além do estágio, mais consentâneas com cursos direcionados para profissões exercidas em regime liberal.

Um outro conjunto de propostas versou dimensões relacionadas com a necessidade de estreitar as relações entre a escola e os diferentes stakeholders, de que são exemplos as autarquias e os representantes do mundo empresarial, como o envolvimento de representantes do mundo do trabalho nas atividades de orientação vocacional e de informação acerca dos cursos profissionais direcionadas para os alunos finalistas do ensino básico, ou o envolvimento dos stakeholders na construção e na implementação do plano curricular de cada curso para assegurar um melhor ajustamento à realidade do mundo do trabalho, promovendo-se a utilização do posto de trabalho como verdadeiro contexto de aprendizagem.

Outra proposta passou pelo envolvimento de entidades da comunidade educativa alargada, como por exemplo as autarquias, em atividades de promoção e de valorização do ensino profissional, de que são exemplos os prémios a atribuir, em cada ano escolar, às melhores Provas Finais de Aptidão Profissional ou a outros projetos de mérito desenvolvidos pelos estudantes.

Foram também apresentadas propostas relacionadas com o funcionamento das equipas educativas, constituídas por professores e por formadores, que acompanham um determinado curso profissional: promover a interdisciplinaridade e o trabalho de projecto no desenvolvimento do projecto curricular de cada turma; utilizar plataformas digitais, como a Google Classroom, para aperfeiçoar a comunicação entre professores e entre professores e estudantes, em situação de ensino presencial como no ensino à distância.

Finalmente, foram apresentadas propostas que visam melhorar os processos de monitorização e de avaliação do ensino profissional: implementação de sistemas de qualidade aplicados a processos e a resultados do ensino profissional, nomeadamente com recurso ao Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais (Quadro EQAVET); complementar os processos de avaliação interna, já em implementação em cada escola secundária, com processos inter-escolas, ou até concelhios, de acompanhamento do ensino profissional.

A formadora responsável pela dinamização da Oficina de Formação, Isabel Quirino, assinalou a elevada qualidade do conjunto de propostas apresentadas, destacando a coincidência da sua apresentação se ter registado no momento em que a Comissão Europeia acaba de apresentar a mais recente recomendação sobre educação e formação profissional, recomendação que, ao ensino profissional, atribui um papel fundamental no que diz respeito à empregabilidade dos mais jovens, à justiça social e à resiliência das populações (Declaração de Osnabruck, 30 de novembro de 2020 – aceda aqui à Declaração de Osnabrück).

Participaram na Oficina de Formação os professores Gabriela Magalhães e Lara Fernandes, da Escola Secundária da Bemposta; Sandra Guerreiro, Natália Pereira, Ricardo Teodósio e Paula Teixeira, da ES Manuel Teixeira Gomes; Paulo Tendinha, Maria João Silva, Rita Ferreira, Luís Mendes, Cristóvão Cerqueira, Pedro Lobato e Carlos Condeço, da ES Poeta António Aleixo.

 

 



Banner lateral albufeira
zoomarine

Também poderá gostar

Agua_Depositphotos_310925288_XL

Estudantes do Algarve desenvolvem soluções para a gestão sustentável da água

Abertura da epoca balnear_albufeira_er_01

Albufeira abriu hoje a época balnear com tudo a postos nas suas 25 praias com bandeira azul

residencias ualg prr (1)

Presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR visitou obras das novas residências universitárias da UAlg