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O Algarve é, depois da Área Metropolitana de Lisboa, a segunda região do país com a mais alta taxa de diagnóstico de pessoas com infeção por VIH (Vírus da imunodeficiência humana). Assim, em 2019, o número de casos diagnosticados por 100.000 habitantes era de 13,7 no distrito de Lisboa e de 13,5 no distrito de Faro.

Em termos absolutos, porém, o Algarve surge bem menos destacado, com 59 novos casos de infeção por VIH (com idade igual ou superior a 15 anos) diagnosticados em 2019, sendo superado por Lisboa (391), Norte (162) e Centro (110).Sul InformaçãoApesar de tudo, os dados sobre a infeção por VIH, que, a não ser tratada, pode dar lugar à SIDA (Síndrome de imunodeficiência adquirida), são animadores em Portugal, já que o número de novos casos voltou a descer em 2019, mantendo-se a tendência de decréscimo que já se verificava desde o ano 2000. Ou seja, longe vai o ano de 1999, quando foram diagnosticados em Portugal 3358 casos de infeção por VIH. Sul Informação

 

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Hoje, 1 de Dezembro, Dia Mundial Contra a Sida, o relatório “Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020”, produzido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2019 foram diagnosticados 778 novos casos de infeção por VIH em todo o país, menos 331 casos do que no ano de 2018.

O relatório da DGS e do INSA aborda o caso específico da cidade de Portimão que é uma das 10 urbes portuguesas a integrar a iniciativa “Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH”, que visa envolver os municípios na luta contra a epidemia e no cumprimento dos objetivos 90-90-90 do Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/SIDA – ONUSIDA. Além da cidade algarvia de Portimão, participam ainda Almada, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Portimão, Porto e Sintra.

Como se pode ver no gráfico, em Portimão, de 2014 a 2018 foram diagnosticados 70 casos, o que origina uma média de 25,3 casos diagnosticados por 100 mil habitantes~. Desfazendo alguns mitos que ainda perduram na sociedade, os dados indicam que a forma de transmissão mais frequente é a via heterossexual (55,7%).

Sul Informação

Aliás, o Algarve tem cinco concelhos entre os 15 municípios de Portugal Continental com mais elevada taxa média de novos diagnósticos de infeção por VIH (2015-2019): Portimão (taxa de 26,0 casos diagnosticados por 100.000 habitantes), Albufeira (24,0), Faro (22,6) e Lagos (17,7).Sul InformaçãoMas o relatório da DGS e INSA salienta que, além da redução no número anual de novos diagnósticos de infeção, este ano destaca-se também uma percentagem de diagnósticos tardios inferior a 50%. O relatório indica a percentagem de diagnósticos tardios passou de 54,4% em 2018 para 49,7%, o que «demonstra o esforço que tem sido feito para diagnosticar mais e mais precocemente».

A maioria (69,3%) dos novos casos de infeção por VIH registaram-se em homens (2,3 casos por cada caso comunicado em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 38 anos. Em 24,1% dos novos casos, os indivíduos tinham idade igual ou superior a 50 anos.

Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente, a nível nacional, os casos em Homens que têm Sexo com Homens (HSH) constituíram a maioria dos novos diagnósticos em homens (56,7%).

No que diz respeito à área de residência, 50,4% dos indivíduos residiam na Área Metropolitana de Lisboa (13,7 casos/100.000 habitantes) e a região do Algarve apresentou a segunda taxa mais elevada de diagnósticos (13,5 casos/100.000 habitantes).

Sul InformaçãoNo período em análise, não foi notificado nenhum caso de transmissão de VIH em crianças.

Relativamente aos óbitos, foram comunicados 197 óbitos em doentes infetados por VIH durante o ano de 2019, sendo que em 46,2% destes casos as pessoas já tinham atingido o estádio SIDA.

Analisando os dados acumulados, desde o início dos registos, em 1983, até 31 de dezembro de 2019, foram identificados em Portugal 61.433 casos de infeção por VIH, dos quais 22.835 atingiram o estádio de SIDA.

Entre 2009 e 2018, registou-se uma redução de 47% no número de novos casos de infeção por VIH e de 65% em novos casos de SIDA.

Segundo a DGS, «para a obtenção de melhores resultados com impacto no diagnóstico precoce, importa reforçar e manter as respostas comunitárias, estimular o alargamento da realização do teste rápido nas farmácias comunitárias a outras regiões do país, divulgar as diferentes opções para a realização do rastreio, incluindo a disponibilidade do autoteste e promover a literacia da população e dos profissionais de saúde».

Por isso, iniciativas como a “Cidades na via rápida para acabar com a epidemia de VIH”, onde Portimão participa, são consideradas pela DGS como «fundamentais na prossecução dos objetivos traçados».

Sul Informação

Clique aqui para ver o relatório “Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020” na íntegra (PDF)

 

 

 

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