Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca atribuído à obra “Contos de Macau” de João Morgado

Vencedor recebe 4 mil euros e a sua obra será editada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém

O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca foi atribuído à obra “Contos de Macau”, de João Morgado, sob o pseudónimo de Liang. A cerimónia de entrega do prémio decorreu no sábado, 17 de Outubro, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.

A obra vencedora da 13.ª Edição do Prémio recebeu a unanimidade do júri, de entre as 96 obras a concurso. Para o júri, «“Contos de Macau” é uma obra de um grande lirismo. As narrativas dos vários contos deixam transparecer uma elevada qualidade estética e um excelente domínio da linguagem. A atmosfera da cultura oriental está muito bem representada, seduzindo a atenção do leitor».

João Morgado nasceu em 1965, na Covilhã. Poeta e romancista, é doutorado em Comunicação na Universidade da Beira Interior, onde se licenciou, tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente / Universidade de Madrid. É membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão.

Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, oficializada pela República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral.

Recebeu ainda o Troféu “Cristo Redentor” pelo seu trabalho em prol da cultura luso-brasileira, entregue pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro. É um autor premiado nas áreas do romance, poesia e conto. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis» e «Diário dos Imperfeitos».

Oiça aqui as declarações do autor premiado:

 

O júri da XIII Edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca foi constituído por Luís Machado, secretário-geral da Associação Portuguesa de Escritores, que tem desenvolvido nos últimos anos uma intensa atividade como animador cultural, particularmente na divulgação da poesia. Homem de cultura, foi ator, jornalista e crítico de cinema; Manuel Frias Martins, presidente da Associação Portuguesa de Críticos Literários, ensaísta, professor universitário e crítico literário e Miguel Real, professor, escritor, ensaísta e crítico literário, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama.

O júri deliberou atribuir duas menções honrosas às seguintes obras:

“O eterno ciclo da vida ao ritmo das estações do ano: contos didáticos”, da autoria de António Gonçalves Ventura, assinada sob o pseudónimo Simão Alves Casal (António Gonçalves Ventura é historiador com obra publicada).

“A pele é um incêndio”, da autoria de Maria Teresa T.G. Branco, assinada sob o pseudónimo A. Branco.

O primeiro prémio do concurso recebe um valor pecuniário de quatro mil euros e a obra será editada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.

Ao criar o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, o Município de Santiago do Cacém presta homenagem ao grande escritor santiaguense, figura incontornável da literatura portuguesa, e à sua obra, sobretudo através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência. E, simultaneamente, contribui para a revelação de novos criadores em língua portuguesa. O Prémio distingue uma coletânea de contos originais, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.

 

 



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