O número cresceu este ano – de 48 para 64 -, mas o objetivo para «os próximos anos» é aumentar para 100 as vagas do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve (UAlg). O desejo foi expresso esta terça-feira, 8 de Setembro, por Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que garantiu que o assunto já está a ser trabalhado.
O governante participou na cerimónia de acolhimento aos alunos da 12º edição do Mestrado Integrado, que já começaram as aulas no passado dia 1 de Setembro.
Este ano, são 64 os estudantes que conseguiram entrar no MIM, depois de um rigoroso processo de seleção. Nos últimos anos, o interesse por este Mestrado Integrado tem aumentado, o que já faz querer novos voos.
Em declarações ao Sul Informação, à margem da sessão, Manuel Heitor garantiu que «estamos a trabalhar no aumento de vagas, com a Universidade e as autarquias locais, para que se criem as condições necessárias para formar aqui contratos-programa e afirmar aquilo que foi o desejo inicial de chegar aos 100 estudantes por ano».
O aumento para 64 é visto como «um passo crescente», até porque o trabalho que o Centro Académico Clínico e o Algarve Biomedical Center (ABC) têm feito é «particularmente importante e imprescindível».
«Por outro lado, as parcerias que essas entidades fizeram para o reforço da atividade científica foram positivas e a contratação de novos médicos e a parceria com o hospital tem sido muito importante. O Algarve tem dado os passos certos para agora se poder reforçar também o número de estudantes, garantindo sempre um ensino com práticas clínicas», considerou o ministro Manuel Heitor.
O governante acrescentou mesmo que «tudo fará para que possa evoluir e retomar o plano inicial, que foi parcialmente interrompido e que agora temos condições para acelerar».
Este pedido do aumento de vagas também foi feito por Paulo Águas, reitor da Universidade do Algarve, no seu discurso de boas vindas.
«Representamos 3% dos médicos formados nas escolas médicas em Portugal, mas queremos mais. Consideramos que é curto», disse o líder da academia.
Em 12 anos, a UAlg já formou mais de meio milhar de medicos e Paulo Águas deixou um desejo: «esperamos que o próximo meio milhar demore menos do que este meio milhar». Neste momento, lembrou ainda o reitor, estamos num momento de «transição» entre o Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina e a futura Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas.
Já Isabel Palmeirim, diretora do Mestrado Integrado em Medicina, garantiu que, «nestes últimos anos, as condições de ensino e as oportunidades no Algarve, na área da saúde, evoluíram bastante e muito devido à criação do ABC».
Olhando para os 64 novos alunos do MIM, Isabel Palmeirim disse que os quatro anos de curso vão ser «exigentes», mas «vamos estar ao vosso lado o tempo inteiro».
«Esse é o nosso compromisso. Queremos que sejam grandes médicos, que tenham os conhecimentos todos, mas tenham sempre a noção de que um médico trabalha com uma pessoa com um grande grau de fragilidade, o que exige que tenhamos sempre um lado humano», concluiu.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
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