Hospital de Beja faz desinfeção suplementar do bloco operatório

Esta é uma «medida adicional»

O hospital de Beja iniciou uma desinfeção suplementar do bloco operatório onde foi detetado um surto de covid-19, que já infetou 31 profissionais de saúde, divulgou hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

A desinfeção suplementar do bloco operatório, através de vaporização de peróxido de hidrogénio e radiação ultravioleta, é uma «medida adicional» e está a ser efetuada por uma empresa especializada, explica a ULSBA, na atualização da informação relativa ao surto divulgada hoje.

Segundo a ULSBA, que gere o hospital de Beja, de acordo com resultados de testes apurados até às 13h00 de hoje, há 31 casos de infeção de profissionais de saúde confirmados, o mesmo número da anterior atualização que tinha sido divulgada na segunda-feira à noite.

Trata-se de 14 enfermeiros, nove médicos, cinco assistentes operacionais, dois assistentes técnicos e um técnico de diagnóstico e terapêutica e todos os infetados têm «apenas sintomas ligeiros» e estão em isolamento em casa, refere a ULSBA, indicando que tem outros 43 profissionais «em vigilância ativa com isolamento profilático de 14 dias».

Devido ao surto, a ULSBA reforçou as medidas de segurança e higiene, alargou o rastreio a profissionais e decidiu realizar testes de despiste de Covid-19 a todos os funcionários do hospital de Beja, o que deverá terminar no final desta semana.

Desde a identificação do surto, na passada na quinta-feira, quando foram detetados os primeiros seis enfermeiros do bloco operatório infetados, e até às 13h00 de hoje, foram feitos cerca de 450 testes a profissionais do hospital de Beja, precisa a entidade.

Segundo a ULSBA, no hospital, à exceção do bloco operatório, onde só há atividade cirúrgica de urgência, e do Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, que está fechado até às 8h00 de dia 7 de Outubro, as consultas de especialidade e outros atos médicos e de enfermagem e exames decorrem «com normalidade».

A ULSBA refere que os utentes devem dirigir-se ao hospital de Beja «com toda a confiança, mas respeitando e cumprindo as indicações dadas».

Trata-se de indicações relativas ao distanciamento físico, à higienização das mãos, ao cumprimento da hora da consulta ou do exame e, «muito importante», o uso obrigatório de máscara no interior dos edifícios do hospital de Beja.

A situação do surto «está a ser monitorizada» pela Unidade de Saúde Pública, pelo Serviço de Saúde Ocupacional e pelo Grupo de Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e ao abrigo do plano de contingência no âmbito da pandemia de covid-19 da ULSBA.

Após identificados os primeiros casos, as equipas daqueles serviços «iniciaram de imediato» os procedimentos de avaliação de risco dos colaboradores e o pedido de testes e o isolamento dos casos suspeitos.

 



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